CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Ponto sem nó

Nó e ponto, em sequência e igual a todos
Os invadidos de uma senilidade fútil qualquer,
A modos que formatados a zeros,
Sem nada de orgulho oculto pra um Deus leigo entender.

Cumpro uma missão que não entendo,
A mando d’um ser supremo que desconheço,
Nem sei qual é o meu fardo,
E qual o meu preço,

A roupa que visto, não é minha, nem a teço ou faço,
Uso-a por adereço, escondo debaixo o sujo
No corpo, igual a tantos outros, assim me disfarço
E consigo conviver, imundo comigo e camuflado co’meu nojo,

Comprovo-me ao sol e debaixo dele sei por vezes q’existo,
Quando m’afundo num corpo bonito de mulher
E, se ungido sou, do sangue vindo dum incerto Cristo,
Ele olha-me severo, da cruz, sem nada dizer, ou fazer

E o que vejo, no espelho, é uma revelação
Triste d’outros rostos, de esquecido rasto,
Não me orgulho, nem um pouco, da humilhante missão,
De carregar na pele, um número tatuado, a ferro e fogo.
                                                                                                                                            
Ofereço-me no patíbulo, a custo zero, e não me enfureço,
Se amputado dos sentidos ou fuzilado por me traír, reduzido a um pó,
Que dizem ser, poeira dos anjos, disso não me convenço,
È apenas o supersticioso espírito, fazendo troça, dum simbólico corpo,

Sem culpa, se faço parte da miragem de mim mesmo,
A imortalidade será um mito mágico, infantil,
De que adoeço amiúdo com o febril sonho de que sou de mim senhor e amo,
Mas, tal como quase toda a gente, sou ponto sem nó, i sem til

Nem fúria nem vitória, ponto.

Jorge Santos (01/2011)
http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

segunda-feira, março 5, 2018 - 16:29

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 1 semana 23 horas
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42009

Comentários

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

o que vejo, no espelho, é uma

o que vejo, no espelho, é uma revelação
Triste d’outros rostos, de esquecido rasto,
Não me orgulho, nem um pouco, da humilhante missão,
De carregar na pele, um número tatuado, a ferro e fogo.

Ofereço-me no patíbulo, a custo zero, e não me enfureço,

imagem de Joel

o que vejo, no espelho, é uma

o que vejo, no espelho, é uma revelação
Triste d’outros rostos, de esquecido rasto,
Não me orgulho, nem um pouco, da humilhante missão,
De carregar na pele, um número tatuado, a ferro e fogo.

Ofereço-me no patíbulo, a custo zero, e não me enfureço,

imagem de Joel

o que vejo, no espelho, é uma

o que vejo, no espelho, é uma revelação
Triste d’outros rostos, de esquecido rasto,
Não me orgulho, nem um pouco, da humilhante missão,
De carregar na pele, um número tatuado, a ferro e fogo.

Ofereço-me no patíbulo, a custo zero, e não me enfureço,

imagem de Joel

o que vejo, no espelho, é uma

o que vejo, no espelho, é uma revelação
Triste d’outros rostos, de esquecido rasto,
Não me orgulho, nem um pouco, da humilhante missão,
De carregar na pele, um número tatuado, a ferro e fogo.

Ofereço-me no patíbulo, a custo zero, e não me enfureço,

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral cacos de sonhos 0 2.679 01/07/2011 - 16:44 Português
Poesia/Geral O Triunfo do Tempo 0 2.792 01/07/2011 - 16:36 Português
Poesia/Geral Nau d'fogo 4 5.184 01/07/2011 - 09:06 Português
Poesia/Geral Carta a uma poeta 4 1.420 01/06/2011 - 14:00 Português
Poesia/Gótico Dò,Ré,Mi... 1 2.971 12/30/2010 - 13:16 Português
Poesia/Geral Príncipe Plebeu 1 2.526 12/29/2010 - 21:29 Português
Poesia/Geral Tenho saudades de quando ignorava que havia mundo… 1 3.562 12/29/2010 - 21:26 Português
Poesia/Geral buracos de alfinetes 2 4.052 12/22/2010 - 21:53 Português
Prosas/Outros o transhumante 0 3.385 12/21/2010 - 22:11 Português
Prosas/Outros N2 0 5.627 12/21/2010 - 22:08 Português
Prosas/Contos Batel 0 4.569 12/21/2010 - 21:53 Português
Prosas/Contos Horus 0 3.934 12/21/2010 - 21:52 Português
Prosas/Fábula Núria's Ring 0 5.169 12/21/2010 - 21:50 Português
Poesia/Geral Há-de vento 0 3.483 12/21/2010 - 10:21 Português
Poesia/Geral Altos 0 6.197 12/21/2010 - 10:12 Português
Poesia/Geral Flores Indizíveis 1 1.874 12/18/2010 - 21:47 Português
Poesia/Geral Samarkand 1 4.368 12/17/2010 - 18:32 Português
Poesia/Geral Bebe da minha Alma 2 2.414 12/17/2010 - 00:11 Português
Poesia/Geral solidão 0 3.776 12/16/2010 - 23:18 Português
Poesia/Geral Ela ia e Ele vinha 0 4.397 12/16/2010 - 23:17 Português
Poesia/Geral O templo 0 3.557 12/16/2010 - 23:15 Português
Poesia/Geral Tear 0 3.991 12/16/2010 - 22:00 Português
Poesia/Geral sei o Motivo 0 4.170 12/16/2010 - 21:59 Português
Poesia/Geral Elegia ao Silêncio 0 4.733 12/16/2010 - 21:58 Português
Poesia/Geral A margem de Ti 0 3.081 12/16/2010 - 21:57 Português