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Por amor ao meu país…
Passo do amor à politica,
Por amor do meu pais
Verdadeiro,
Por fim passo da política,
À poesia por despudor,
Não por amor à primeira,
Entorto como uma colher,
À procura do calcanhar
E só recolho um ralo,
Aquoso e insonso tanto, deste
Amor não recíproco
Com a vida em que me pendo,
Com quem convivo,
Por amor ao seguinte,
Ímpar é o meu sonho,
Igual a nenhum outro,
Quanto mais o seguro,
Mais ele confirma,
Ser verdadeira a porção,
De sonho que bebo
Ao deitar pra me
Sentir futuro de
Manhã, quando acordo
E penso se não serei eu
feliz, mais que ninguém
Senão só eu, se não sairá do
Mar chão o meu pensar
Veleiro e o passar,
Passageiro do sonho,
Ímpar e inocente,
Como novo e a estrear, ainda
Que estranho este
Sonhar, Ímpar o sorrir,
Quando me apaixono
Por tudo e por pouco,
Ímpares os sapatos
Que calço, a camisola
Usada, o trabalho
Mesmo que não “dê nada”,
Ímpar a irracionalidade
Desta poesia,
Assim as relações
Entre humanos, ímpares
quando acreditamos,
Ímpar o meu sonho,
De um veleiro no chão mar,
Do meu passar passageiro,
Tão perto, tão longe
Do meu amar veleiro,
Mesmo que não navegue
De verdade aqui no meu país,
Verdadeiro o meu jeito de amar…
Jorge Santos (09/2015)
http://joel-matos.blogspot.com
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