CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Por um ténue, pálido fio de tule
Por um ténue, pálido fio de tule
Em cada dia que me aconteço, suspenso,
Nimbo d’mim mesmo, me convenço que os
Símbolos têm alma própria, a vida é breve
E os fios, enigmático tecido e pele
Como sejam de um genuíno ser vivo, aviso
Num ritual iniciático, conduz-me devagar
Igual a linguagem de espíritas, em lume ocre
O que fica cerzido, o oráculo dos mortos,
A razão das coisas vivas, siglas em seda,
Da existência, do fim ao começo, profecia,
Entendimento, uma presença no limbo,
O juízo do cosmos, as cordas e o espaço/
Tempo, o privilégio da alma, cifras são caules,
Rituais de visionário quando Omega antecipa
O Alfa, a linguagem do Indo, de quem
Não possui corpo, aspecto, uma Sibila
Sem focagem, imprecisa e ténue, singela
E dispersa no ar, toca-me e sinto-a tocar-me,
Entra por mim adentro, sedenta, desconhecida
E sem pedir licença, por direito natural breve
De “quem-me-dorme” e me acorda, ao-de-leve
Por um ténue, pálido fio de tule, convida-me
Em sigilo e silêncio, depois nada…mais nada
E nada mais foi ou será visto, pronunciado
Por esta boca, este lábios, estas pálpebras.
Joel Matos (15 Dezembro 2020)
http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4041 leituras
Comentários
obrigado pela leitura
obrigado pela leitura e pela partilha