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Porque Poema és Tu

O seixo é poema, sei que
o poema é isso…

Porque o poema é seixo,
Perdi por aí qualquer coisa,
Como pedra no seio da rua
Que piso e desconheço,

Se tivesse percorrido
Outra calçada,
Teria reparado não,
Que as pedras tinham nome

Gravado, Boca e ventre,
Se reconhecem,
Umas às outras,
Pelo toque da pedra,

Porque o poema é seixo,
Lida comigo, acusa e regressa
Ao chão depois duma vida
De perda, ao sabor da terra,

O tempo não muda,
As pedras no lugar da rua,
Elas sempre estão, estarão
Em nós, debaixo do nosso andar

Coxo, há que procurar
A nossa muda pedra,
Mudar de enxerga e rua,
Se isso nos obrigar,

A procura…
As pedras da rua
São quem nos leva às vezes,
Até à falsa lua,

Quando voltamos, já não somos os mesmo,
Mas sou eu senão tu, quem mais
Deseja,
Passar na ruas dos seixos,

A tal que demais se conhece,
E rejeita (parece)
Porque o poema é sexo

Jorge Santos (01/2015)
http://namastibetpoems.blogspot.com

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sexta-feira, fevereiro 23, 2018 - 16:32

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Joel

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O tempo não muda As pedras do lugar na rua

O tempo não muda
As pedras do lugar na rua

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