CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

À Lua

Parte I

Feito um lobo solitário a uivar

para a lua em mais uma noite fria

sou um poeta apaixonado a recitar

em segredo as minhas belas poesias.

 

Na escuridão da florestas sombria

eu vago sozinho e desamparado

sem saber se um dia eu serei amado

pela face qeu entre as nuvens sorria.


 

Parte II

Assim eu perdi uma noite a sonhar

com ela e seus delicados abraços.

Em possuí-la esplendorosa em meus braços...

Toda a beleza que existe no luar.

 

De volta a razão, agora descontente,

eu fico assistindo o dia amanhecer.

Nuvens se desmanchando lentamente

ao vento enaqunto o sol está a nascer...

 

Parte III

Incendeia-se o mar quando feito espelho

se iguala, em cor, ao céu agora vermelho...

Obervo as nuvens, silencioso e atento,

sendo aos poucos levadas pelo vento.

 

Surge então no horizonte o sol suntuoso

a tomar o céu sobre o vasto mar...

Mas nada faz o mar, também grandioso,

a cerca desse sol que oculta o luar...

 

Parte IV

Ainda branca mas sem o mesmo fulgor,

ela perdeu todo o seu esplendor

ao ser acobertada por um véu...

Como se ela fosse sumir no céu.

 

Passando pelo céu, em sua marcha impiedosa,

o sol feriu a beleza de pobres rosas.

Jurou então pra lua, com uma voz branda,

cobrir toda a terra com flores brancas.

 

Parte V

Junto ao sol que se põe o dia vai acabando...

Começo a colher então o lírios brancos

que o sol, antes de ir, à lua prometeu.

E lhes dou à lua pois quem a ama sou eu.

 

O crepúsculo... O desmanchar do véu...

Assisto o escurecer do azul do céu.

O retorno daquela que sorria

entre as nuvens: quem me inspira a poesia.

 

Parte VI

Para que eu comece a pensar nela

basta apenas que a noite venha a cair.

Penso em como ela pode ser tão bela,

se ela não cansa nunca de sorrir.

 

Observando-a do meu quarto ermo e frio

sempre me pergunto por qual razão

ela se encontra só na vastidão.

Por que estou aqui enquanto ela no sombrio?

 

Parte VII

Talvez eu pudesse me tornar um lobo,

ela finalmente iria me escutar...

Eu devo mesmo é estar ficando louco!

Por quais motivos iria ela me amar?

 

Mas e enquanto a mim? Louco, desvairado

por ela que se quer olha pra mim?

Por que eu tenho que viver assim,

justo por essa infâme apaixonado?

 

Parte VIII

Um dia eu descubro as razões pelas quais

solitária, ela ainda vive a sorrir.

Atrás daquelas nuvens há algo mais...

Sei que um dia eu ainda vou descobrir...

 

Deve existir alguma boa razão

pra ela estar sozinha na escuridão...

Se sinto ciúmes dela? Eu sinto sim!

Ainda que eu nunca a tenha pra mim...

 

Parte IX

Algo na minha solidão me diz

que não devo nunca mais pensar nela.

Que ela só irá me fazer infeliz

mesmo que o faça apenas por ser bela.

 

Sem ela não existe feleicidade

nem motivos para querer viver.

É ela quem eu quero de verdade.

Por ela eu seria capaz de morrer!

 

Parte X

Todas as noites tenho procurado

por ela. Até que parei para pensar:

"Se eu conseguir algum dia a encontar,

"será no que estarei mais desvairado."

 

Quanto tempo deverá ter passado

enquanto estive a procurar por ela?

A sonhar com o rosto da mais bela

quando ela se encontrou sempre ao meu lado?...


 

-Adolfo J. de Lima
 

Submited by

terça-feira, maio 17, 2011 - 01:18

Poesia :

No votes yet

Adolfo

imagem de Adolfo
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 11 semanas 16 horas
Membro desde: 05/12/2011
Conteúdos:
Pontos: 3582

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Adolfo

Tópico Títuloícone de ordenação Respostas Views Last Post Língua
Poesia/Dedicado "A beleza está nos olhos de quem vê" Parte II 0 849 07/05/2011 - 18:56 Português
Poesia/Dedicado "A beleza está nos olhos de quem vê" Parte III 0 1.341 07/05/2011 - 18:58 Português
Poesia/Geral "Cristo crucificado!" 0 851 05/28/2011 - 01:47 Português
Poesia/Soneto "Deus está morto!" 5 3.590 11/13/2021 - 12:35 Português
Poesia/Intervenção "É fácil falar em abortar, Afinal você já nasceu." 2 4.327 11/15/2012 - 19:58 Português
Poesia/Amor "Vendido!" 0 1.100 10/26/2012 - 12:07 Português
Poesia/Pensamentos (Des)Crenças 0 1.244 05/30/2012 - 17:53 Português
Poesia/Amizade (Des)culpa 0 1.368 09/03/2011 - 21:22 Português
Poesia/Soneto 003 4 1.617 12/16/2011 - 11:14 Português
Poesia/Geral 17 0 1.437 11/17/2012 - 07:49 Português
Anúncios/Outros - Oferece-se 17 0 4.354 11/17/2012 - 07:52 Português
Poesia/Desilusão 18 - Uísque 2 3.749 03/18/2018 - 20:28 Português
Poesia/Soneto 25 de dezembro II 1 744 05/03/2012 - 22:44 Português
Poesia/Soneto A Bailarina 4 1.775 09/30/2012 - 22:37 Português
Poesia/Erótico A Barbara Sá e Natália Melo 2 984 01/28/2013 - 20:09 Português
Poesia/Soneto A dúvida 5 763 05/29/2012 - 23:42 Português
Poesia/Soneto A dúvida (continuação) 1 753 05/20/2012 - 21:56 Português
Poesia/Soneto A Existencialidade das crises ou crises existenciais 0 950 11/26/2012 - 23:37 Português
Poesia/Soneto A flor deixada na lápide de Augusto dos Anjos 1 2.142 10/17/2012 - 02:40 Português
Poesia/Soneto À Gentileza (por Timidez) 2 1.021 12/20/2011 - 21:56 Português
Poesia/Dedicado A Jorge Humberto 2 1.592 06/08/2012 - 20:10 Português
Poesia/Paixão À Lua 0 1.488 05/17/2011 - 01:18 Português
Poesia/Dedicado À luz 4 1.064 06/14/2012 - 22:58 Português
Poesia/Soneto À luz de minhas manhãs 0 1.062 12/06/2011 - 00:31 Português
Poesia/Soneto À mãe minha que eu tanto amo... 2 1.062 11/19/2011 - 04:53 Português