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À VIDA

E ela estava ali perto de mim
Bruscamente me afligi
Nas horas de solidão sem fim
Maravilham-me as lembranças de ti.
E as lembranças me acodem com insistência
Ora me fazem feliz, ora me entregam à tristeza
É escusado oferecer resistência
Que mais tem a vida senão incerteza?!

Não conto as horas, hoje as esqueci
Ouço o rio que corre, a água leva ligeira
Também eu me entrego a ti
Toda a vida minha companheira.

Mas hoje não conto as horas
Estou verde de esperança
Vermelha como as amoras
Feliz em cada retalho da lembrança.
E na saudade me deixo e esqueço
O tempo que por mim não espera
Já contigo às vezes me aborreço
Deixaste que o tempo me roubasse a Primavera.

Já se me acelera o bater do coração
Ao fim de tantos anos, num entretecer de dias
Já meu corpo tantas vezes me diz NÃO!
Luto com o tempo que só me dá arrelias.

E assim se esgota a Vida
Já a trago quase perdida!

natalia nuno

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quinta-feira, dezembro 30, 2010 - 20:20

Poesia :

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natalianuno

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Comentários

imagem de Susan

A vida que se esvai pelos

A vida que se esvai pelos dedos

conto a ela todos os meu segredos

cansei de ter medos , não sou mais criança

trago o peito dorido e cheio de esperança ....

Muito bom te ler !!!!

Beijos

Susan

imagem de natalianuno

Bom mesmo é ter o teu

Bom mesmo é ter o teu carinho.

Beijo Susan

da natalia

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