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ÁGUA DA MORINGA
Depois da labuta renhida
de laçar boi o dia inteiro
para sobreviver na vida
e comer poeira no terreiro;
guardei o laço no prego da parede,
respirei uma alegria na alma,
dei um cochilo na rede
como numa eternidade calma.
de laçar boi o dia inteiro
para sobreviver na vida
e comer poeira no terreiro;
guardei o laço no prego da parede,
respirei uma alegria na alma,
dei um cochilo na rede
como numa eternidade calma.
O vozerio na cozinha
vi que tão cedo não acabava
e se estendeu até a noitinha;
mas, não me atrapalhava...
E o pessoal só foi embora
bem depois de muita prosa.
Então joguei a dolência fora
com a preguiça teimosa.
Mas, para um caipira como eu
sem muita coisa na mente,
que nada ganhou nem perdeu,
que nem tá triste nem contente,
se a solidão bate mesmo,
toma um golinho de pinga,
masca um naco de torresmo
com a água fresca da moringa.
J. Thamiel
Guarulhos, 27.01.19
01:10h
Submited by
sábado, fevereiro 2, 2019 - 11:50
Poesia :
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