Árvore de Natal

Hoje fiz a minha árvore de natal,
Comecei por colocar no topo uma estrela,
A base cobri com musgo fresco e natural,
E posicionei-a junto á minha janela.

A estrela era cadente, pois podia fazer falta na hora,
Falta a uma criança triste, sozinha ou doente,
Assim ela podia formular um desejo de melhora,
E o seu natal seria certamente mais quente.

Ao longo da árvore, que por sinal era um pinheiro bravo,
Recortei sorrisos de uma revista e colei-os junto com chocolates em papel dourado,
Enrolei em volta, fios de goma com sabor a morango e uva,
Nas suas pontas, de chocolate branco, um guarda-chuva.

Pus também uns sinos de fruta cristalizada,
Para quando viesse a neve,
Eu fosse logo avisada.

Na base estava o musgo, que apanhei em noite de lua cheia.
Dizem que para dar sorte,
Temos de na lareira pôr uma meia.

A árvore estava junto à minha janela,
Que estava aberta, para quem quisesse entrar,
Porque nem toda a gente, nesta noite, tem onde cear,
Porque, nem toda a gente, nesta noite, pode tê-la.