ÁS VEZES...

Ás vezes,
sinto o pensamento corroído
num trato abstracto e sem sentido…
É como se o dia fosse noite sem luar
maliciosa a tentar me mergulhar
num vale de lágrimas de onde não sei sair.

Ás vezes,
sinto-me um olhar errante
na cegueira concludente do meu pranto
quando me move pelas ruas da verdade…
E é aí que te escrevo já sem mágoa
e me liberto desse vale de lágrimas
a cantar-te a minha saudade.