CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Ói, ói o trem.
Vem surgindo entre montanhas de um céu azul,
um clarão intenso queimando o oxigênio do ar,
atingirá do leste ao oeste, do norte ao sul,
fazendo do planeta uma fornalha a brilhar.
A profecia foi cantada como sendo terminal.
Não demos importância à destruição profetizada.
Era a batalha já esperada entre o bem e o mal,
e a mãe terra com seus reinos, seria no altar imolada.
Agora, há um cogumelo explodindo na minha cabeça.
Na verdade, nem sei onde estou ou se sobrevivi.
À minha volta há somente um negro nevoeiro.
Foi o final de tudo, devo estar sozinho aqui.
Minha mente sofre o conflito permanente
do pavor que vi nos olhos de uma criança.
Aconteceu quando o clarão final se fez presente
e desde então, o pesadelo está na lembrança.
De onde estou, contemplo um mundo destruído.
Nem a minha alma, sofrida e errante, existe.
Só me lembro do cogumelo, da paranoia, do ruído
e do horror, que no olhar da criança, persiste.
O pavor que fere o culpado, fere o inocente.
Erguendo as mãos fracas e trêmulas, o idoso
chora o passado e implora salvação no presente,
pedindo socorro pelo dia tenebroso.
Para que tanta riqueza, prepotência, pujança,
se tudo, agora, à minha volta é apenas um braseiro.
No etéreo da minha mente, só vive a lembrança
de um frágil corpinho queimando inteiro.
Onde fica a ostentação e o orgulho humano
ao se contemplar um corpo exangue?
Me sinto responsável, e como todos, sou insano,
pois em nossas mãos, também há sangue.
J. Thamiel - 13.08.24 11h 46min
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2086 leituras
other contents of J. Thamiel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | TER NA MENTE | 0 | 1.969 | 07/31/2024 - 00:03 | Português | |
Poesia/Geral | ANJO ANIQUILADOR (Soneto) | 0 | 1.232 | 07/29/2024 - 11:04 | Português | |
Poesia/Meditação | CREIO EM OUTRAS VIDAS | 2 | 1.610 | 07/28/2024 - 14:42 | Português | |
Poesia/Meditação | VÁ EM FRENTE | 0 | 1.229 | 07/27/2024 - 11:53 | Português | |
Poesia/Fantasia | PERCEPÇÕES | 1 | 1.625 | 07/25/2024 - 22:55 | Português | |
Poesia/Geral | QUEM SERIA ELE? | 0 | 1.782 | 07/25/2024 - 19:47 | Português | |
Poesia/Meditação | AQUI, JAZ | 1 | 1.318 | 07/25/2024 - 16:12 | Português | |
Poesia/Amor | CREIA, EU CHORO (Soneto) | 0 | 1.341 | 07/23/2024 - 21:24 | Português | |
Poesia/Alegria | QUEM ME DERA | 0 | 1.271 | 07/23/2024 - 12:37 | Português | |
Poesia/Meditação | SIMPLICIDADE | 0 | 877 | 07/22/2024 - 20:41 | Português | |
Poesia/Geral | RIMAS AUTORAIS, ANORMAIS | 0 | 1.852 | 07/21/2024 - 13:24 | Português | |
Poesia/Geral | O ANCIÃO DA VILA | 0 | 1.609 | 07/20/2024 - 19:16 | Português | |
Poesia/Geral | SUPERAÇÃO - (Soneto) | 0 | 1.489 | 07/19/2024 - 17:13 | Português | |
Poesia/Geral | AMADURECIMENTO | 0 | 1.647 | 07/16/2024 - 22:39 | Português | |
Poesia/Gótico | ESTRANHA ESTÓRIA | 0 | 1.771 | 07/16/2024 - 14:27 | Português | |
Poesia/Geral | QUANDO EU MORRER - WHEN I DIE | 0 | 1.457 | 07/14/2024 - 23:09 | Português | |
Poesia/Geral | OS SERES CINZAS | 0 | 2.149 | 07/11/2024 - 14:55 | Português | |
Poesia/Geral | PO R FALAR EM ETS | 0 | 2.093 | 07/11/2024 - 01:48 | Português | |
Poesia/Geral | ILLUMINATIS | 0 | 2.235 | 07/08/2024 - 19:23 | Português | |
Poesia/Fantasia | UMA ESTÓRIA DE AMOR | 0 | 2.054 | 07/06/2024 - 14:37 | Português | |
Poesia/Amor | SEQUELA | 1 | 1.833 | 07/02/2024 - 16:37 | Português | |
Poesia/Geral | O TEU RETORNO | 1 | 2.773 | 06/30/2024 - 23:13 | Português | |
Poesia/Geral | BOCA DE TRAMELA | 0 | 2.770 | 06/30/2024 - 15:45 | Português | |
Poesia/Desilusão | AGORA É SAUDADE | 0 | 1.627 | 06/30/2024 - 15:36 | Português | |
Poesia/Geral | PARALELAMENTE OPOSTOS | 0 | 1.947 | 06/28/2024 - 14:39 | Português |
Add comment