CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

“Entre duas aspas”

Ficarei a ser, sendo o que entendem que digo,
E de mim, enfim é o que consigo dizer entre
Aspas, digo-não entendo tanto quanto quero-
Porque haveria de querer eu, seria sério sendo,

Isso não sou, por aí não vou, passarei por
Mímico, sendo o que não sou, – entendem
O que digo, pois eu duvido mesmo a sério
Da minha certeza toda e aposto na duvida,

É um vício o ser quem não sou, a razão
É simples e natural como todas as coisas,
É o que consigo dizer não dizendo, “dividando”
O seno pelo humano interno intenso, sendo

Ficarei a ser o que entenderem que sou,
Gradiente de cinza, incompreensível voo
De moscardo sem voo, necessidade de nada
Ser, destino imaginário ou o que possa ter

Entre aspas “à míngua desse dom”, seco, indivino.
Perdoai-me, pois não me entendo nem m’dispo
Quando por vezes me “desdigo”, “dividando”
Seno Coseno hipérbole, eloquência de Fibonacci

“Pro bono”, contradigo-me sendo o que não sou,
Dando o que não tenho, ocultando por onde vou
Paradigma este sentir sem ser voar sem asas ter
Lembrar pra esquecer passar sem mudar pés

Nem mãos do lugar suposto que ocupo na sala
Menos-oval do mundo, enfim, é o que consigo
Dizer “entre duas aspas”, entre duas águas
Sinto que entendem não de facto, o que digo …

Jorge Santos 08/2018
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

quinta-feira, outubro 4, 2018 - 09:12

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 2 semanas 3 dias
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42009

Comentários

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

imagem de Joel

.

.

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Humano-descendentes 9 1.186 06/21/2021 - 14:27 Português
Poesia/Geral "Phallu" de Pompeii! 1 974 06/21/2021 - 14:27 Português
Ministério da Poesia/Geral Deixai-vos descer à vala, 1 1.451 06/21/2021 - 14:28 Português
Ministério da Poesia/Geral Permaneço mudo 1 1.136 06/21/2021 - 14:28 Português
Ministério da Poesia/Geral Os Dias Nossos do Isolamento 1 1.290 06/21/2021 - 14:28 Português
Poesia/Geral Gostar de estar vivo, dói! 1 672 06/21/2021 - 14:30 Português
Poesia/Geral Apologia das coisas bizarras 1 923 06/21/2021 - 14:30 Português
Poesia/Geral Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, 1 1.000 06/21/2021 - 14:31 Português
Poesia/Geral O lugar que não se vê ... 1 793 06/21/2021 - 14:31 Português
Poesia/Geral Minh’alma é uma floresta 1 766 06/21/2021 - 14:31 Português
Ministério da Poesia/Geral Pangeia e a deriva continental 1 2.074 06/21/2021 - 14:32 Português
Ministério da Poesia/Geral A simbologia dos cimos 1 1.185 06/21/2021 - 14:32 Português
Ministério da Poesia/Geral Prefiro rosas púrpuras ... 1 816 06/21/2021 - 14:33 Português
Ministério da Poesia/Geral Por um ténue, pálido fio de tule 1 1.162 06/21/2021 - 14:33 Português
Ministério da Poesia/Geral Me perco em querer 1 1.330 06/21/2021 - 14:33 Português
Ministério da Poesia/Geral Epistemologia dos Sismos 1 1.302 06/21/2021 - 14:34 Português
Ministério da Poesia/Geral A sismologia nos símios 1 1.026 06/21/2021 - 14:35 Português
Poesia/Geral Não passo de um sonho vago, alheio 2 836 06/21/2021 - 14:36 Português
Poesia/Geral Cumpro com rigor a derrota 1 932 06/21/2021 - 14:36 Português
Poesia/Geral Perdida a humanidade em mim 1 870 06/21/2021 - 14:37 Português
Poesia/Geral Esquecer é ser esquecido 1 1.428 06/21/2021 - 14:37 Português
Poesia/Geral Na minha terra não há terra, 1 1.521 06/21/2021 - 14:38 Português
Poesia/Geral Objectos próximos, 1 2.439 06/21/2021 - 14:40 Português
Poesia/Geral Daniel Faria, excerto “Do que era certo” 1 1.486 06/21/2021 - 14:41 Português
Poesia/Geral A sucessão dos dias e a sede de voyeur ... 1 1.730 06/21/2021 - 14:42 Português