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“TEMPERA-ME”
Tempera-me com tua vontade alada
Arranca do meu peito o fogo queimado
Que já me tenha a mágoa saldada
Por um sentimento de novo encontrado
Que rompas de mim, varão encalhado
O vago desejo de ser encontrado…
Quando procuro no meu vazio
A têmpera do entendimento
Ao tempo do velho rodopio
Vozes castradas, despejadas no vento
Que ali arrumo silêncios vexados
Já, para que não ceguem ligados…
Quantos dos teus, me são vidrados
Transparecendo em mão de profeta
Quando da Alma, os versos proclamados
Se fazem Eleitos na voz do poeta
Tempera-me ao peito da mansidão
E de mim faz corda de violão…
***
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Comentários
“TEMPERA-ME”
Lindo poema, gostei muito!
Destaco os versos abaixo
"Quando da Alma, os versos proclamados
Se fazem Eleitos na voz do poeta
Tempera-me ao peito da mansidão
E de mim faz corda de violão…"
Meus parabéns,
MarneDulinski
Agradeço amigo
Agradeço amigo Marne,
"Quantos, daqueles que por esta vida passaram, que marcaram as transparências da suas Almas, voltam a renascer na mão de novos poetas e assim:
"Quando, da Alma, os versos proclamados
Se fazem Eleitos na voz do poeta..."
Peço, então, como quem fala para esses imortalizados:
"Tempera-me ao peito da mansidão
E de mim faz corda de violão…"
Muito bom! Eu mesmo adorei o iluminado que trouxe até mim o sensível de tamanha proeza.
- Não quero ser presunçoso ao elogiar o meu próprio trabalho,mas, eu também me admiro e me surpreendo a mim próprio quando me encontro,me amando, a mim, com todas as minhas forças; não esquecendo aqueles que choram e sofrem pelas coisas materiáis que, tenho pena deles. Digo: Para poder-mos gostar de outro alguém temos, obrigatóriamente, de gostar logo em primeiro, de nós próprios.
Obrigado por comentar, que assim, abriu, em mim, um portal imaginário, com a oportunidade de escrever o que escrevi.
Saúde meu amigo.