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Abismo

Nunca descobri a razão de ser preciso descer ao fundo dos oceanos
para te encontrar enrolada debaixo das anémonas mais vistosas
e ter de filtrar as areias para respirar o teu movimento.
Nem nunca descobrirei a razão de estar sentado no vazio
escuro e sem cor sabendo que nenhum som me virá despertar.
As ondas e correntes são as mesmas. Frias revoltas traiçoeiras e perigosas.
Só eu mudei. Deixei crescer a loucura que se instalou nos pedaços
do coral seco e quebradiço em que se transformou o meu coração.
Outra maré será precisa para devolver a plenitude da luz à escuridão dos meus olhos.
E eu precisarei de me transformar num habitante vivo dos recifes para me sustentar
do plâncton que circula na vertigem do abismo do teu corpo.
 

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domingo, abril 3, 2011 - 22:57

Poesia :

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Loner

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Comentários

imagem de Quimeras

Abismo

Poema descritivo, onde se respira movimento e cor, numa sinestesia de sentidos.

O movimento antitético das cores das anémonas contrasta com a ausência de cor do fundo dos oceanos, metaforicamente o estado de espírito do sujeito poético, no qual habita a loucura trazida por esse movimento das correntes do passado em direcção ao presente. O coração de "coral seco e quebradiço" pulsa nesta escuridão, tentando ainda emergir à luz de uma esperança imersa..."precisarei".

No entanto, o abismo atrai e lança o eu poético nessa vertigem voragem do tempo pretérito, num movimento sem retorno, ciclíco...

Quimeras

imagem de Susan

Gostei imenso !!! Por vezes

Gostei imenso !!!

Por vezes o amor é assim , nos carrega ao abismo 

mais profundo e depois nos convida e ermergir e sobreviver ...

Muito bom te ler !!!!

Beijos

Susan

imagem de MarneDulinski

Abismo

Lindo poema, gostei muito, meus parabéns!

Ja andei por estas paragens, em meu poema "zonas abissais"

Meus parabéns,

MarneDulinski

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