CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Agora que me ponho sol
Agora que me ponho sol
Agora que me visto e que me ponho sol
agora que me sinto rio e me finjo de nuvem
Agora que me ouves e que te oiço e que o coração tem agua tão profunda
como se fosse um poço.
Agora que me sinto perdido e sou mesmo assim o sentido de ser o irmão de todo o universo.
Agora que me visto e que me ponho sol
agora que pões batom nos lábios e lês os livros sábios para não chorares de solidão
Agora que me ouves e te oiço e que as palavras não são nada depois de se dormir.
Agora que nos sentimos tão de perto e caminhamos longe como se a vida fosse outro projecto outra direcção.
Agora que estamos e somos o que sentimos e o que criamos.
Agora que nos damos quando não temos nada
agora que a nossa liberdade é um grão pequeno e o amor é tão grande numa mão fechada
Agora que me visto e que me ponho sol
agora que sorris e que choras e que tocas acordeão para imitar a primavera
Agora que bebes o vinho e cheiras a roupa dos poetas
Agora que me sentes e que me sinto
agora que o corpo me cansa e a lua me abandona
Agora que tu estás e nós seguimos de viagem
Agora que nos abraçamos quando as palavras não são nada
Agora que nos sentimos e temos confiança
havemos de ter o mar para nos guardar
Agora que este verso não rima e eu te o dedico como se fosse mel
Agora que me deslumbras mesmo sem luz
Agora que somos natureza e somos nus
Agora que me visto e que me ponho sol
Agora que me sinto rio e me finjo de nuvem
Agora que não há perfume e que os olhos são suaves
Agora que este verso não rima e tu escreves na alma como se não houvesse tempo nem agua para humedeceres os olhos.
Agora que o rio caminha nos homens como o Deus agua no deserto dos olhos
Agora que estamos perto e caminhamos longe
agora que nos damos e não temos nada e que mesmo assim possuímos o tesouro de ter um coração a bater
Agora que me visto e que me ponho sol
Agora que me sinto rio e beijo o teu rosto de nuvem
me sinto abençoado como os pássaros que zelam as arvores.
Agora que me visto e te espero como se fosse a noite sem segredos
Agora que tenho medo da solidão e desespero de ter sede de beber amigos
Agora que estou contigo e somos sem compromisso e sem lei
Agora que os meus olhos te querem e te choram
Agora que estamos amigos e que nos vestimos de sol se a noite nos abandonar.
Agora que nos deslumbramos mesmo sem luz.
Escrito em canhos de Meca e dedicado a Cláudia
lobo 06
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1527 leituras
Add comment
other contents of lobo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Intrigas | 0 | 2.478 | 04/09/2013 - 16:59 | Português | |
Poesia/Amor | Não vai fazer frio | 0 | 1.285 | 04/09/2013 - 16:34 | Português | |
Poesia/Dedicado | Faz um doce | 0 | 2.030 | 04/09/2013 - 16:32 | Português | |
Poesia/Amor | O amor não é isso | 1 | 1.621 | 04/09/2013 - 15:23 | Português | |
Poesia/Aforismo | Eu espero | 0 | 1.705 | 02/15/2013 - 11:38 | Português | |
Poesia/Dedicado | fé | 0 | 2.149 | 01/28/2013 - 16:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | Escandalizado os meus olhos | 0 | 1.773 | 01/16/2013 - 20:44 | Português | |
Poesia/Aforismo | Muda o passo | 0 | 1.448 | 12/25/2012 - 22:02 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Somos os pobres actores | 0 | 1.846 | 12/25/2012 - 19:43 | Português | |
Poesia/Dedicado | Agora falta uma verdadeira vida | 1 | 2.736 | 11/30/2012 - 16:40 | Português | |
Poesia/Intervenção | A chuva que cai desacerta o relógio | 0 | 1.822 | 10/09/2012 - 19:38 | Português | |
Poesia/Geral | Alguém tirou de dentro dos olhos a paisagem e | 0 | 1.377 | 08/08/2012 - 16:36 | Português | |
Poesia/Geral | Quando o caminho se abre | 0 | 1.522 | 07/16/2012 - 02:09 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Os loucos | 0 | 1.457 | 07/11/2012 - 11:40 | Português | |
Poesia/Arquivo de textos | Há quem escute as vozes dos mortos | 0 | 1.065 | 07/03/2012 - 15:28 | Português | |
Poesia/Intervenção | Como se pode sentir | 0 | 1.305 | 06/23/2012 - 02:43 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Fazer o lado contrário | 3 | 2.198 | 06/20/2012 - 21:26 | Português | |
Poesia/Dedicado | Quem for por esse lugar | 0 | 1.902 | 06/13/2012 - 16:54 | Português | |
Poesia/Dedicado | As canções são frias | 0 | 3.019 | 06/06/2012 - 21:30 | Português | |
Poesia/Intervenção | O coelho se candidatou | 1 | 1.400 | 06/06/2012 - 08:18 | Português | |
Poesia/Aforismo | Agora eu pratico | 0 | 1.864 | 06/03/2012 - 16:10 | Português | |
Poesia/Dedicado | A força que temos | 0 | 1.319 | 05/26/2012 - 18:26 | Português | |
Poesia/Amor | Se eu aprender a voar | 1 | 1.958 | 05/24/2012 - 03:22 | Português | |
Poesia/Dedicado | A rua está deserta | 1 | 1.698 | 05/24/2012 - 03:20 | Português | |
Poesia/Dedicado | corre até ao fim do filme | 1 | 2.348 | 05/21/2012 - 23:05 | Português |
Comentários
Re: Agora que me ponho sol
Bom. Como sempre.
Escrito com sentimento e criatividade.
Abraço