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Alfonsina e o mar (Félix Luna)

Pela branda areia

Que toca o mar
Sua pequena pegada
Não volta mais
Um caminho só
De pena e silêncio chegou
Até a água profunda
Um caminho só
De penas mudas chegou
Até a espuma.

Sabe Deus que angústia
Te acompanhou
Que dores velhas
Calou tua voz
Para deitar-te
Sussurrada no canto
Das conchas marinhas
A canção que canta
No fundo escuro do mar
A concha.

Te vais Alfonsina
Com tua solidão
Que poemas novos
Foste a buscar?
Uma voz antiga
De vento e de sal
Te adula a alma
E a está levando
E te vais até lá
Dormida, Alfonsina
Vestida de mar

Cinco sereinhas
Te levarão
Por caminhos de algas
E de coral
E fosforescentes
Cavalos marinhos farão
Uma ronda ao teu lado
E os habitantes
Da água vão a brincar
Prontamente a teu lado.

Baixa-me a lâmpada
Um pouco mais
Deixa-me que durma
Ama-de-leite, em paz
E se ele chama
Não lhe digas que estou
Diz-lhe que Alfonsina não volta
E se ele chama
Não lhe digas nunca que estou
Diz que me fui.

Te vais Alfonsina
Com tua solidão
Que poemas novos
Foste a buscar?
Uma voz antiga
De vento e de sal
Te adula a alma
E a está levando
E te vais até lá
Dormida, Alfonsina
Vestida de mar

Félix Luna, poema traduzido por Maria Teresa Almeida Pina, Mercedes Sosa imortalizou este poema em linda canção em homenagem a uma poetisa que morreu bem jovem.

 

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sexta-feira, fevereiro 24, 2012 - 09:46

Poesia :

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AjAraujo

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