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Aliteração

Do nada me dispo,
De vento me visto
No olho, relento
Disfarçando um cisco.

Amor é o momento
Sonho sonolento
que no ar confisco
belo e ternurento.

Voando num disco
Embreagada de pisco
Meu coração acorrento
Com um único risco.

E assim, vivo o que tento
Tento tanto, enfrento
Luto, guerreio, arrisco
Não desisto do intento.

Deste sonho sonolento,
Fresco em manhã que rabisco
Em meu pensamento
Enquanto me alimento
Do afeto que cisco.

com meu olhar atento
que perde-se lento
Enquanto eu pisco
Procurando um alento.

Resisto não desisto
Insisto agüento
Confisco o amor
Em um único momento

Penero sofrimento
Exalo sorvimento
Em perfume ao vento
Tal qual flor do hibisco
Em pleno florescimento

E assim acaba-se o tormento!
Enquanto me agüento
Neste cume de visco
onde escorrego no tempo
apagando o macilento
passado cinzento
que de meu peito risco.
E nunca mais, meu peito arrisco...

Revela-se uma nova fase em meu jeito de escrever. Acredito que a literatura vem comO expurgo da alma, mas também há que se ter intenção literária. Na tentativa de trabalhar as figuras de linguagem doravante falarei algo a respeito de literatura, figuras de linguagem, clássicos, etc...Acho que sabermos um pouquinho mais sobre a forma, por exemplo, na análise da poesia não ocupa espaço na cabeça.
Neste trabalho a aliteração.

Aliteração é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons de sílabas átonas ou sons consonantais idênticos ou semelhantes em um verso ou em uma frase, especialmente as sílabas tônicas. A aliteração é largamente utilizada em poesias mas também pode ser empregada em prosas, especialmente em frases curtas.
[editar]Descrição

Quando usada sabiamente, a aliteração ajuda a valorizar musicalmente o texto literário. Mas não se trata de simples sonoridades destituídas de conteúdo. Geralmente, a aliteração sublinha (ou introduz) determinados valores expressivos, nem sempre facilmente descritíveis.
Exemplo:

Em horas inda louras, lindas
Clorindas e Belindas, brandas
Brincam nos tempos das Berlindas
As vindas vendo das varandas.

— Fernando Pessoa.

Fonte: Wikipédia, enciclopédia livre.

Submited by

segunda-feira, junho 21, 2010 - 16:42

Poesia :

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analyra

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Comentários

imagem de Hisalena

Re: Aliteração

Uma bela forma de inaugurar esta nova fasea sua escrita.
Parabens pelo poema, pela musicalidade que transmite e sobretudo pela parte educativa com que completou o seu poema. Penso que todos temos a ganhar com a partilha de experiências, tentativas e conhecimentos.

imagem de Librisscriptaest

Re: Aliteração

Uma poesia inteligente e didáctica q de forma figurativa e original nos traz tb um pouco de ti!
A sabedoria nasce da vontade de atingirmos conhecimento sobre nós e sobre o mundo!
Gosto de acompanhar o teu percurso literário nessa demanda!
Beijinho em ti, minha querida Lyra poética!
Inês

imagem de Lopez

Re: Aliteração

Começas bem essa nova fase, parabéns!
O novo é tão bom, abre a mente para desafios.
Gostei muito querida. bj

imagem de analyra

Re: Aliteração

Com certeza, sempre é um desafio, sempre há algo que não sabemos, um monte que não subimos, um verso que não fizemos, sempre,

"E nas calhas de roda
vive a entreter a razão
este comboio de cordas
que se chama coração"
Fernado Pessoa, do poema "Autopsicografia."

imagem de Ex-Ricardo

Re: Aliteração

Muito boa ideia Ana.

É de "ajudas" destas que o WAF precisa.

Parabéns :-)

imagem de Anonymous

Re: Aliteração

Excelente ideia, Ana, que não só é valorosa pelos aspectos didácticos como a todos poderá trazer conhecimentos adicionais, que muito ajudarão quem ama a escrita.
Um beijo
Vóny Ferreira

imagem de LilaMarques

Re: Aliteração

Ana,

Belo texto com o qual inauguras esta nova fase.É bem perceptível! Penso que tem tudo a ver!
Ótima idéia esta de trazer um pouco de conhecimento para dividir com a gente. Nunca falta espaço para o conhecimento, não é?

Um beijo,
Lila.

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