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Amor-fo

Amor-fo

Qual cerne produziu tão acerbo parto
De angústia percepção encarcera-se tudo
Atroz! Sim é todo sentimento
Germinado, vomitado podre bálsamo!

Uma deidade de cancros sucede-se
Revoltos pungentes inflamam-se navalhas.
Retalhos aos corpos retalhados
Ironias respiratórias arquejam morbidez.

Beijo o sonho que se desfez na névoa pálida
Consome-se tudo na ignição do desejo em cólera!
Amordaçado pela esperança que encarcera.

Afaste-se! Irei quebrar este cárcere informe
Não mais quero inviver nesta névoa de palidez
Vede, por quais tormentos pernoitam os que estão revolto?
(19/04/08)

Esta poesia não é recente, prestem atenção na data...

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sexta-feira, abril 30, 2010 - 01:35

Poesia :

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Dav-Rodrigues

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Comentários

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Re: Amor-fo

Revoltos pungentes inflamam-se navalhas.
Retalhos aos corpos retalhados
Ironias respiratórias arquejam morbidez.

Beijo o sonho que se desfez na névoa pálida...

Poema desamordaçado em revolta!!!

:-)

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