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ANTES SER DO QUE PARECER
ANTES SER DO QUE PARECER
Um homem precisa de viajar por sua conta e risco,
Não por meio de histórias, livros ou imagens,
Precisa de olhar a realidade das suas paisagens,
E sentir a cor do vento do seu ambiente arisco.
Precisa de viajar por si, com seu olhos e com seus pés,
Para um dia entender a realidade e o que é próprio e seu,
Que a própria Natureza, sua linda mãe lhe ofereceu,
Correndo e acreditando nos seus horizontes de lés a lés.
Conhecer o frio, para desfrutar do seu próprio calor,
Sentir a distância e o desabrigo, para estar bem consigo,
Sentir à sua volta o grande calor de um verdadeiro amigo,
Para dar à sua linda mãe Natureza o seu devido valor.
Sentir a distância para dar valor ao seu próprio tecto,
Precisa de viajar para lugares que não conhece,
Precisa de saber o que nos outros lugares acontece,
Dando de si próprio, o seu próprio sentimento de afecto.
Precisa de quebrar as correntes da sua enorme arrogância,
Que lhe faz ver o mundo à sua volta como imaginamos,
E não com o sentimos quando os nossos olhos fechamos,
Para lhe darmos a sua devida e enorme importância.
Precisa de ver o mundo onde vive, como é ou pode ser,
Que nos professores e doutores de coisas que não vimos,
Que nos leva a querer saber muito mas fingimos,
Que somos o que não somos, desde que se nasce até morrer.
Devemos ser sempre alunos do que não conhecemos,
E não fingir sempre o saber daquilo que ignoramos,
Para sermos sempre sábios naquilo em que trabalhamos,
E sentirmos sempre o saber pouco do que conhecemos.
2007-Estêvão
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