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Ao romper da nova aurora ou Ao cair as verdades arbitrárias
tu ainda andas às cegas, tateando as velhas vias.
Nada enxergas, nada sentes, sabes pouco e acreditas
no que dizem teus sentidos e razões tão sem medidas.
Incapaz de se dar conta do mistério, da magia,
dos milagres corriqueiros que acontecem todo dia,
te deixas levar por velhas e arcaicas convicções
que devoram tua vontade e te imputam opiniões.
Os valores obsoletos que te pesam sobre as costas
te curvam, impiedosos, deixam fraturas expostas;
quebram a tua alma com a falta de liberdade,
deixam marcas profundas, mais profundas que as da idade.
Tua mente e teu espírito, trancados a contento
vagueiam na pequena área de teu conhecimento.
Aquilo que é sagrado restringe as reflexões
e pensas que tu sabes, mas tuas verdades são jargões!
Nunca deixes que a vida se transforme em rotina,
em hábito automático ou costume ou numa sina.
Teu hoje é teu amigo e mais precioso tesouro.
Teu presente é valioso, vale muito mais que ouro.
Abre os olhos e reflete, sê a mais livre criatura.
Solta-te de tuas amarras, derruba tua armadura.
A verdade triunfará sobre as mentiras centenárias
e o mundo tremerá ao cair as verdades arbitrárias.
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Ao romper da nova aurora ou Ao cair as verdades arbitrárias
Texto sobre a necessidade de sempre (re)pensarmos sobre a vida e as coisas que nos cercam, na tentativa de desbanalizarmos o banal e transvalorizarmos os velhos valores.