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A SOMBRA DO VENTO

A SOMBRA DO VENTO

 

Se eu descobrisse a sombra do vento,

Eu podia saber a idade do tempo,

Assim, como não é possível saber,

Eu vou continuar a envelhecer.

 

Se eu descobrisse a sombra do vento,

Eu entrava pelo tempo adentro,

Assim, eu apenas o sinto passar,

E arquivando recordações para lembrar.

 

Se eu descobrisse a sombra do vento,

Eu sabia qual era o seu intento,

Eu sei que ele só sabe andar para frente,

E para trás fica sempre o corpo da gente.

 

Se eu descobrisse a sombra do vento,

Eu podia ganhar um novo alento,

Eu andava sempre a seu lado,

E assim não me sentia enganado.

 

Se eu descobrisse a sombra do vento,

Em mim, não havia lugar a um lamento,

Por não poder agarrar – me à sua mão,

E ir com ele de alma e coração.

 

Se eu descobrisse a sombra do vento,

Eu falava com ele a todo o momento,

Perguntava se ele me podia levar

E um dia mais tarde poder regressar.

 

Se eu descobrisse a sombra do vento,

Eu fazia dele o meu assento,

Viajava com ele pelo ar e pela terra,

Com o desejo de acabar com a guerra.

 

Se eu descobrisse a sombra do vento,

Eu era um fenómeno, um invento,

Eu descobria qual era a sua cor,

E não seria um ser menor, mas superior.

 

 

Ser eu descobrisse a sombra do vento,

Eu não era normal, era um portento,

Mas, como eu sei que o não sou,

Ainda aqui ando e para o além não vou.

 

 

2007-Estêvão

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quinta-feira, agosto 23, 2012 - 08:52

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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Comentários

imagem de Adolfo

Alleria, "Windrunner"

Sempre me intriga bastante a ideia de uma sombra do vento...

Destaque a primeira estrofe e a maneira como inseriste o "além" no término deste teu poema. =DD

Um abraço! e tenha um bom dia ((:

imagem de José Custódio Estêvão

poema

Bem haja amigo.
Obrigado pelo comentário.
Um grande abraçEstêvão

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