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Aos poucos
Muito pouco ou quase nada desta Terra turva eu sou,
Simplificando, tenho um-não-sei-quê que conjuga
O quê sonhado com o que hei-de sonhar e porquê
Sonhar, se sonho o que é deste mundo e não do reino,
Que rei sou, mesmo que imaginado ou sem futuro,
Muito poucos ou quase ninguém desta Terra me ouve ou vê,
Nada mais sou que um bocejo curto, em mim a vida
Roda breve quanto um pião sem fita nem consciência
Que o enrola e rola mas acaba por cair mais dia menos dia,
O sentido dou eu ao rodopiar que me afasta na viagem
Que é o sonho meu e a alma matéria sensível ao tacto,
Pelo menos assim penso ou sinto falsamente,
Transeunte “do-pensar-aos-poucos”…
Joel Matos (01/2017)
http://joel-matos.blogspot.com
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