CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Aos vivos que ficam ou Epitáfio II
Aos vivos, que ficam, deixo aqui o meu consolo:
Nós vamos todos morrer,
- todos nós já sabemos disso -
mas esquecemos que isso nos torna afortunados!
Isso sim é uma dádiva!
A maioria das pessoas nunca vai morrer,
porque nunca vai nascer!
As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar ou no seu,
mas que jamais verão a luz do dia,
e jamais sentirão o calor do sol
e o frescor dos ventos e das chuvas,
são mais numerosas que os grãos de areia do mundo!
Certamente, esses fantasmas não nascidos incluem
poetas maiores do que Shakespeare,
cientistas maiores do que Newton e Einstein!
Sabemos disso hoje porque
o conjunto das pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA
excede em muito o conjunto de pessoas reais que existem e já existiram.
E apesar de todas essas probabilidades assombrosas,
somos eu e você,
com toda a nossa idiotice e nossa banalidade estúpida,
que aqui estamos...
E nós - uns poucos privilegiados que ganharam na loteria do nascimento,
contrariando todas as probabilidades - como podemos nos atrever a choramingar
por causa de um retorno inevitável àquele estado anterior
do qual tão poucos saíram e a infinita maioria jamais saiu ou sairá?
Nós vamos todos morrer,
- todos nós já sabemos disso -
mas esquecemos que isso nos torna afortunados!
Isso sim é uma dádiva!
A maioria das pessoas nunca vai morrer,
porque nunca vai nascer!
As pessoas potenciais que poderiam estar no meu lugar ou no seu,
mas que jamais verão a luz do dia,
e jamais sentirão o calor do sol
e o frescor dos ventos e das chuvas,
são mais numerosas que os grãos de areia do mundo!
Certamente, esses fantasmas não nascidos incluem
poetas maiores do que Shakespeare,
cientistas maiores do que Newton e Einstein!
Sabemos disso hoje porque
o conjunto das pessoas possíveis permitidas pelo nosso DNA
excede em muito o conjunto de pessoas reais que existem e já existiram.
E apesar de todas essas probabilidades assombrosas,
somos eu e você,
com toda a nossa idiotice e nossa banalidade estúpida,
que aqui estamos...
E nós - uns poucos privilegiados que ganharam na loteria do nascimento,
contrariando todas as probabilidades - como podemos nos atrever a choramingar
por causa de um retorno inevitável àquele estado anterior
do qual tão poucos saíram e a infinita maioria jamais saiu ou sairá?
Submited by
terça-feira, outubro 9, 2018 - 13:39
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1794 leituras
MaynardoAlves
Add comment
Se logue para poder enviar comentários
other contents of MaynardoAlves
| Tópico |
Título |
Respostas | Views | Last Post | Língua | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Poesia/Pensamentos | Quero-não-quero | 1 | 542 | 09/29/2016 - 14:52 | Português | |
| Poesia/Pensamentos | Resposta! | 4 | 603 | 09/29/2016 - 15:17 | Português | |
| Poesia/Geral | Revolucionário... revolucionário!? | 1 | 1.536 | 09/25/2018 - 18:12 | Português | |
| Poesia/Meditação | Se Deus existisse... | 4 | 1.832 | 03/05/2018 - 20:56 | Português | |
| Poesia/Canção | Sem título (por luto) | 1 | 1.972 | 10/27/2017 - 15:34 | Português | |
| Poesia/Pensamentos | Ser (ou não ser) | 1 | 584 | 09/29/2016 - 14:34 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto I da 1ª desilusão | 1 | 568 | 09/29/2016 - 14:06 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto I do 1° amor | 3 | 880 | 09/29/2016 - 13:58 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto I do 1° encantamento | 1 | 680 | 09/29/2016 - 13:52 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto II da 1ª desilusão | 1 | 707 | 09/29/2016 - 14:08 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto II do 1° amor | 3 | 582 | 09/29/2016 - 14:01 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto II do 1° encantamento | 1 | 553 | 09/29/2016 - 13:54 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto III da 1ª desilusão | 1 | 652 | 09/29/2016 - 14:10 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto III do 1° amor | 3 | 710 | 09/29/2016 - 14:03 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto III do 1° encantamento | 1 | 705 | 09/29/2016 - 13:56 | Português | |
| Poesia/Soneto | Soneto imperfeito do amor (ou do amor imperfeito) | 2 | 563 | 09/29/2016 - 14:16 | Português | |
| Poesia/Tristeza | Sopa de poemas (e as ruas da cidade) | 1 | 683 | 09/29/2016 - 16:14 | Português | |
| Poesia/Aforismo | Tolerância e respeito | 0 | 1.153 | 08/23/2016 - 12:47 | Português | |
| Prosas/Ficção Cientifica | Um fascinante trecho do livro “Fahrenheit 451” (de 1953) - do escritor Ray Bradbury | 1 | 4.700 | 09/29/2016 - 17:40 | Português | |
| Poesia/Tristeza | Um inferno (para um poeta) | 1 | 2.080 | 05/21/2018 - 12:34 | Português | |
| Poesia/Meditação | Um instante infinito | 1 | 1.893 | 11/17/2017 - 15:00 | Português | |
| Poesia/Pensamentos | Um lugar para chamar de seu | 1 | 2.044 | 08/08/2018 - 17:14 | Português | |
| Poesia/Amor | Um milhão de vezes | 3 | 492 | 09/29/2016 - 14:30 | Português | |
| Poesia/Pensamentos | Use-se! | 1 | 539 | 09/29/2016 - 14:41 | Português | |
| Poesia/Tristeza | Valores familiares | 1 | 1.977 | 08/08/2018 - 17:21 | Português |
Comentários
Aos vivos que ficam ou Epitáfio II
Trata-se de mais uma reflexão sobre a morte, talvez um segundo epitáfio.