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Aquarela da vida

Aquarelas da vida
Jorge Linhaça

Já não sei mais o que pinto
Se tristezas ou alegrias
Já não sei mais o que sinto
S'esperança ou utopias
A verdade é que não minto
Versos pobres, elegias
Pinto as cores de minh'alma
Na angústia e na calma

Meu pincel é minha pena
Minha tinta o sentimento
Os rabiscos meu dilema
Minha paz e meu tormento
Se a tela é pequena
Pouco cabe o sentimento
Arco-íris colorido
Tsunami dos sentidos

Roda a roda tão gigante
Roda roda o carrossel
Minha mente tão distante
pinta o inferno e pinta o céu

Se as trevas me consomem
Logo somem ante a Luz
Meus demônios ora dormem
Mas carrego a minha cruz
Sou a sombra de um homem
Que um dia eu compus
Vivendo meu desassombro
Reciclando meus escombros

Um poeta doidivanas
A descrever o seu mundo
Passam dias e semanas
Vou do raso até ao fundo
Minha alma se inflama
e esvai-se como o fumo

Roda a roda tão gigante
Roda roda o carrossel
Minha mente tão distante
pinta o inferno e pinta o céu

E na minha aquarela
Tantas cores misturadas
O amor pelas donzelas
O ócio pelas estradas
As dores de mil mazelas
Sou a linha pontilhada
Sou liquidificador
Misturando dor e amor

Quem me dera a ternura
sobrepujasse meu pranto
Que da tela em alvura
brotasse um suave canto
Quiçá tivesse a ventura
De a paz ceder-me o manto
Mas apenas escrevinho
Letras de vinagre e vinho

Roda a roda tão gigante
Roda roda o carrossel
Minha mente tão distante
pinta o inferno e pinta o céu

Arandú, 3 de junho de 2011

contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com

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segunda-feira, junho 6, 2011 - 00:41

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Jorge Linhaca

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