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Aquela Alma!
Aquela Alma!
Daquela quinta formosa;
Que mais parecia um jardim;
Vem algo que nos invade.
Rude! pura! generosa;
Qual sonho que teve um fim;
E que nos rói de saudade.
Carvalha! triste! sombria;
Que poder lhe tira o riso;
Deixou de ser o que fôra.
A Alma que teve um dia;
Lá se foi pró paraíso;
Já cá não existe agora.
Aqueles bons ventos idos;
A que o amor dava vida;
E que a todos nos unía.
Não nos serão devolvidos;
A corrente foi partida;
E o elo já era um dia.
Mas que carvalha? comento!
Aquela que nos juntava!...
Que amor mais puro e que calma.
Já lá falta aquele cimento;
Que àquele chão nos colava;
Já lá falta aquela Alma.
Jorge Ferreira dos Santos
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