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Até onde vai a minha liberdade de criticar...

Até onde vai a liberdade?
Até onde o eu não tem responsailidade,
com os "eus" alheios?
Até onde todos não passam de espelhos?
Até onde é o limite para chamar os outros de feios?
Até onde a estética se esconde
por entre os lírios do conde?
(que nunca são colhidos)
Se disfarça de poemas não lidos?
Nunca acabando nos "preferidos"...
Até onde a liberdade tem direito,
de permear este universo livre e rarefeito
chamado de poético,
despindo ele do conceito:"estético"
até onde aceitar tudo é ético?
onde fica a borda do universo
construído de pensamento e verso,
Qual a forma?
Quem lê aceita e se conforma,
ou simplismente olha e vai embora?
É redondo ou rotundo?
É oceano raso ou poço fundo?
Quem foi que o mapeou?
quem foi que o registrou?
comprou, loteou ou vendeu?
este universo, este mundo?
Não consigo falar dos outros,
quando muito do meu...
que é livre,
mas acorrentado, Prometeu
sofrendo pelos "homens"
que nem nunca conheceu.
Tendo o fígado arrancado
a cada poema mal traçado
por pássaro cruel, ateu!
qual mesmo seu nome?
do pássaro que ninguém conheceu?
só sentiu a dor: o pobre prometeu...
Mas se regenera a cada nova leitura,
de um poema que cura,
que enche a alma de frescura.

Mas há de se ter convicção
poetar não é só escrever,
coisas do coração...
com a mão ou com o pé,
com a calma de quem toma um café.
Aprendi a duras penas,
com palavras,
muitas vezes serenas,
ditas amenas,
mas não menos cortantes,
dilacerantes que me roubaram a espontaneidade,
mas me tornam poetisa de verdade.
Sobrevivi, não morri,
alguns amigos, perdi,
mas não eram verdadeiros,
eram afetos derradeiros
magnificados por mim
(melhor terem chegado ao fim)
pois não eram sinceros,
meigos e internos,
eram quase nada,
apenas palavra jogada
como confete em vedete
deslumbrada...
Mas sou poetisa!!!
Nem musa, nem meretriz,
nem amante, amiga ou atriz.
Critiquem por favor a poetisa,
perco minhas arestas, fico lisa,
torno-me estrela brilhante,
lúdica e em breve viajante,
Sobrevivente, sobrenadante...
Crítica, calejada, ativa
cada vez mais escritora menos diva,
cada vez, talvez, menos cativante,
mais introspecta e distante...
mas este é o caminho, para mim, restante...

Nem tudo que nos parece mau realmente o é. Todas as coisas que nos fazem pensar, mesmo que de uma forma as vezes contundente nos fazem crescer. Este poema veio em resposta a um Forum postado pelo colega obscuramente, que há muito serve-me de anti-muso, um muso que inspira ao inverso, pela face muitas vezes obscura(mente) dos afetos, mas não menos admirado por isso.

Submited by

domingo, setembro 20, 2009 - 16:05

Poesia :

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analyra

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Comentários

imagem de MarneDulinski

Re: Até onde vai a minha liberdade de criticar...

analyra!
Agora depois de ler-te em suas Meditações, e só agora depois de serenados alguns pensamentos, quanto a comentários agressivos, de chofre, (que não é o seu caso), eu os condeno sim.
Não é o seu caso repito, você eu já conheço, mais um pouquinho que os demais, e nunca fostes usuária da descortesia, e nem usas de agressividade em seus comentários, muito antes pelo contrário.
Quanto aos seus Poemas, sempre teve muito do seu intelecto, muito evoluído e que aprecio, por deles se tirar muita cultura!
Continues sim, fazendo suas críticas, educadas e didáticas, como sempre fizeste.
Sou teu fã, minha boa Crítica e Poetisa (Poeta)!
Para a frente que é o caminho!
Meu carinho e consideração,
LUZ, VIDA E AMOR, COM PAZ PROFUNDA
MarneDulinski

imagem de LiceSoares

Re: Até onde vai a minha liberdade de criticar...

Bravo! Bravo! Bravíssimo!
És poeta, poetisa, és sim!
Acabaste de provar.
Beijos

imagem de analyra

Re: Até onde vai a minha liberdade de criticar...

Grata amiga, pois adoro o que escreves.
Vindo de ti muito me honra este comentário, pois és uma das poetisas que admiro pelo suavidade com que tratas temas cotidianos e afetivos, com uma poesia leve mas não menos reflectiva. Muito grata, pretendo a cada dia tentar tornar-me mais poetisa.

imagem de Obscuramente

Re: Até onde vai a minha liberdade de criticar...

Só me deixa triste que apenas tu tenhas pensado profundamento sobre o assunto. Esperava que muitos mais o fizessem.

Agradeço-te acima de tudo, que apesar de ser o anti-muso, reconheces a minha importancia no sistema.

Respeito-te por isso e muito mais, como tu mereces.

Beijo.

imagem de analyra

Re: Até onde vai a minha liberdade de criticar...

Grata André, acho que para ti falta as vezes um pouco de açúcar nas palavras para atingires o público de forma mais suave, mas cada um escolhe como quer ser lembrado, te digo que já recebi escritos com palavras bem açucaradas que doeram bem mais e que também tive vontade de te matar em alguns comentários contundentes que fizestes, mas há quem goste da sinceridade, deve ser por isso que dispenso ele (o açúcar) no expresso, prefiro sentir o real gosto do café, mesmo que amargo.
Abraço.

imagem de FlaviaAssaife

Re: Até onde vai a minha liberdade de criticar...

Ana,

Um desabafo, um grito, uma reflexão meditação que nos faz pensar, repensar, analisar... lendo teu texto a cada verso me surgia um novo questionar...não sei ao certo, mas acredito que o nosso direito termina quando inicia o do outro! Não façamos a ninguém o que não gostaríamos que nos fosse feito! Infelizmente, muitos não sabem nem o que é respeito, como então saber quando faltam com ele. Isto é muito triste. É o que penso! :-(

imagem de analyra

Re: Até onde vai a minha liberdade de criticar...

Acho que crítica tem e não tem a ver com respeito, acho que não criticar e apenas aceitar as coisas sem juízo crítico não ajuda, eu escrevia mais compulsivamente, direto aqui no WAF mesmo, e com muito pouco tempo, por isso postava sem revisar muito, e ia com erros, talvez ainda vá, mas menos, agora não faço assim, graças as críticas, produzo bem menos, mas meus poemas estão com menos erros que roubavam a beleza deles, agora perco mais tempo revisando que produzindo, mas a produção é melhor, sou menos gente vomitando palavras e mais escritora.Graças às críticas que foram feitas com respeito. Escárnio, também tenho, mas mantenho em off, pois ninguém é santo, e não adianta mentir que se é.
Grande abraço, gosto muito de teus comentários e não deixa de faze-los,
beijo grande.

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