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Até quando!
Até quando verei minha vontade
dissipar-se em agonia?
Até quando verei o medo varar a noite
e saturar-se, frente a luz do dia?
Até quando exasperarei minh’alma
de joelhos sobre a pedra fria?
Até quando verterá de meus lábios lamentos
como que em sinfonia?
Não dirá até mesmo o céu ao sol,
para guardá-lo dessa lúgubre escuridão?
Não exaltará a rosa ao espinho
por tão fiel devoção?
Por que atentas a tão distante juízo
e ignora tão singela solução?
Por que rebentas a face desfalecida
no ventre de tão vil ilusão?
Até quando verei sucumbir a esperança
varada ferozmente ao peito?
Até quando verei o coração
atado ao mais obscuro e doloroso leito?
Até quando verei as vísceras expostas
a insensatas calunias proferidas?
Até quando rasgarei palavras malditas
ao ecoar de reflexões dessa vida?
Não clamará a estrela ao firmamento
as tantas cadências precipitadas?
Não pranteará a árvore ao vento
as tantas folhas arrancadas?
Não terá a consciência maculada
a torpe clareza da ousadia?
Nem verá mais a honra ultrajada
na dívida cobrada algum dia?
Até quando?
obra registrada na fundação biblioteca parabéns!!!, poema maravilhoso
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Poesia :
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Comentários
Re: Até quando!
"Até quando verei sucumbir a esperança
varada ferozmente ao peito?...
...Até quando rasgarei palavras malditas
ao ecoar de reflexões dessa vida?"
O poema está genial, mas estas são sem duvida as questões que mais me impressionaram...pois "a esperança só fica varada ao peito", quando a perdemos e deixamos de acreditar em nós, e as "palavras malditas"...acho que teremos de rasgá-las sempre, pois somos todos tão diferentes, que haverão sempre "palavras malditas".
Parabéns.
Re: Até quando!
CleberPaschoal!
Até quando?
Lindo seu Poema!
Mas penso que tudo isso sempre existirá, mesmo quando nossos espíritos serenarem, fazem parte do cotidiano, na sua maioria as interrogações feitas!
MarneDulinski
Re: Até quando!
Cleber,
Até quando quiseres... a resposta está em ti...
Bom trabalho, fortes questionamentos, reais, verdadeiros escritos de uma forma bela!
bj