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Avulso

Perder-me, apenas? Perco-me
Como um lapso a divagar
Sobre as entranhas íngremes
De um passamento
Nem tão menos, nem tão mais.

Pouco de um tudo. Pouco?
Apenas um pouco tão pouco
Que sendo pouco é quase nada
Um quase, apenas!
Quase amor,
Quase dor,
Quase tudo,
Mas quase, apenas quase!

Um quase aprovado
Um quase tudo,
Mas sendo rústico,
Um nada apenas.
Como a dor da menina ferida
Pelos estigmas da vida
Nos cortes vitimados
Nos cortes pouco cortados.

Nos cortes da infância
Nos cortes da juventude
Nos cortes da personalidade
Nos cortes dos cortes, apenas.

E como a flor de pétala tinta em sangue
Em sangue, a flor, apenas tinta
Em tortos rabiscos tortos
Como em ciscos a ciscar o torto.

Anjo torto? Ou gauche? Ou...
Apenas José!
Sem forma, avulso.

Como a dor do seio não sugado
A dor do amor não dado
A espreitar o vazio do preenchimento
Vago, apenas vago.

E sendo vago e avulso
Ao torpe sucesso da ausência de um quase
Um quase nada, um quase tudo,
Mas que não passou de avulso.

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quinta-feira, janeiro 10, 2019 - 02:55

Poesia :

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ntistacien

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