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Beira de Fim *
Pedro, amigo do medo e do desemprego
não encontrou abrigo quando explodiu
o império do senhor do seu mundo.
Jacinto, já com o cinto estrangulando o ventre,
não teve como ajudar Pedro,
filho do meio-fio.
Só,
Pedro escondeu-se da miséria
onde são poucos os que conhecem entrada e saída.
E ali,
só e frio, Pedro congelou seu ódio
e reteve um pouco do gosto da glória.
* Série de Poemas manuscritos nos anos 70, período da ditadura militar no Brasil, por um jovem poeta Anônimo.
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quinta-feira, setembro 30, 2010 - 03:02
Poesia :
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Beira de Fim
Um poema surreal feito uma balada de morte, onde o gosto da vitória está em superar a opressão, a dor e alcançar a libertação da condição, no momento da extrema-unção.