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Cadeira
Impotente como
leão enjaulado,
sinto inútil
a força que
me resta.
Vejo o Mundo
pela metade.
Estou confinado
a duas rodas
e à cobrança
que me fazem:
seja forte,
sorria,
vença!
Cadeirante estreante,
arrisco uma
verdade petulante:
Tenho medo,
tenho raiva
e choro de
tristeza; e
sonho com pernas
estendidas,
nas ruas que
me foram conhecidas.
Não sou quem
esperam.
Sou quem
desesperam.
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quinta-feira, outubro 6, 2011 - 12:01
Poesia :
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