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A CALMA DA GRANDE CIDADE

Me deixa coçar o bicho do pé
na pontinha do meu dedão.
Já, já, tomo um gole de café
e me retiro pelo estradão.

Vou campear um serviço;
uma roça de milho pra plantar.
Eu até que sou bom nisso,
e ninguém vai me negar.

Mas, prefiro ficar sentado,
controlando a situação;
no meu mundinho, calado,
aquietando o coração.

Eu fico aqui bem quietinho,
vendo as galinhas no terreiro.
Eu só dou um ‘cochilinho’
e passo assim o dia inteiro.

O gado tá molhadinho,
pastando na invernada.
E a chuva vai rapidinho,
correndo com a enxurrada.

E esse cheirinho de terra
faz muito o caipira feliz,
e a nuvem no alto da serra
parece até feita de giz.

O milho que granou cedo,
tá crescendo uma beleza.
Mas, de uma coisa tenho medo
que se perca na correnteza.

A chuva que cai em dezembro
é própria desta estação.
É muita água se me lembro
que até encharca o coração.

Esta é a vida de um caipira
como eu, de meia idade.
Mas, tem gente que prefira
a calma da grande cidade.

J. Thamiel
Guarulhos, 02.02.2019
00:18h

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terça-feira, fevereiro 5, 2019 - 15:52

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J. Thamiel

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