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A Carta de Verónica
“Minha Mãe adorada,
Espero que estejas de boa saúde, e que os meus filhos, estejam bem, também,
Bem sabes, que nunca os deixaria, a mais ninguém,
Pois, podes até pensar, que neles e até mesmo em ti, nunca mais pensei,
Mas, de todo é mentira, não há dia em que não pense naquilo, que aí, deixei.
Estou na cidade e trabalho num sitio honesto, onde sou muito bem tratada,
E até já arranjei futuro marido,
Aqui, como em casa, contigo, sou bem estimada,
E o homem parece até ser mesmo um bom partido.
Sei que errei, ao ter voltado as costas, aos meus filhos e até mesmo a ti,
Mas acredita, que hoje tenho outra maturidade e penso muitas vezes voltar aí.
Tenho tudo aquilo que sonhei e imaginava quando olhava para as paredes vazias do meu quarto,
Tenho casa, comida, luxo, perfumes, ouro e jóias e um guarda-vestidos muito farto.
Por falar em vestido, podes dar o meu da comunhão, à minha filha, para um dia ela o vestir, também à sua.
Não a conheço, nem ao meu menino, mas…certamente, estão os dois felizes, na companhia tua.
Quero voltar um dia, se tu me permitires, a essa casa, para te ver e aos meus filhos beijar,
Muitas vezes, recordo com saudade, os tempos de menina, que passei aí, nessa casa humilde,
E penso agora, que eles também, como eu, andam nela a brincar,
Tenho muitas saudades de casa, mãe….mas, bem sei que ao fugir, fui ingrata, além de rebelde.
Perdoa-me, verdadeiramente, esta minha leviana atitude,
Deixa que veja, nem que seja a única vez, na minha vida, os meus filhos, a minha herança,
Permite que volte a beijar o teu rosto, tal e qual, como fazia na minha juventude,
Acede a esta minha vontade, dá-me, nem que seja, uma mera vez, um voto de confiança.
Ficarei à espera de uma resposta, numa carta tua,
Esperarei um ano, a tua decisão, o teu julgamento,
E prometo, que se de ti, nada saber até à próxima grande lua,
Nunca mais te voltarei a importunar, nem com notícias boas ou más, nem funerais, nem até mesmo casamento.
Da tua filha
Verónica”
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Comentários
A Carta de Verônica
Quando se decide partir,sem muito pensar,num ato de rebeldia que não nos permite avaliar com clareza essa nossa decisão, com certeza,um dia refaremos o caminho de volta,mas nem sempre com a certeza de poder voltar.
Beijo
Cara Débora, Ainda não tinha
Cara Débora,
Ainda não tinha tido o prazer de receber a tua visita...fico contente que tenhas gostado do teor, encabeçado nesta carta, pois faz parte de uma história, que ando a contar, aos quatro ventos.
Obrigado pelo comentário.
Joana