CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Carta nº 9 (Queres minha companhia? Seguro tua mão...)
Sempre que me encontrares no teu pensamento,imagina uma flor solitária encurralada entre duas grandes rochas
sem espaço sequer para florir.
O ar é irrespirável,falta-me céu e chão.
As pernas parecem estar enraizadas à terra
como se ela me reclamasse. Faz um quadro dessa imagem na tua mente dá-me a mão e morremos juntas a ver esse filme que se desenrola nas minhas veias até eu ser capaz de carregar no botão e num simples clic fazer com que desapareças definitivamente da minha vida.
Se consigo?
Ah... sim....porque não?
E tu,consegues?
- Ao longe, uma brisa mais afoita repetirá com insistência...
Queres minha companhia? Seguro tua mão...
Ah...eu taparei os ouvidos, sim.Talvez assim tenhas a percepção do sufoco que me assalta sempre que penso em ti. O meu maior desejo é, acredita, que me vejas como uma espécie de unha encravada ou um grito que se cala numa veia dilatada do pescoço.
Já me basta ver-te a todo o momento tendo os olhos abertos ou fechados, a dilatares-te por entre as sombras como se fosses um fantasma estigmatizado a ferro e fogo no meu cérebro exausto.
- Ah, meu amor, ah…
Não me peças definições, quando o que mais procuro é precisamente sentar-te no lado mais recôndito do meu ser para que te possa sentir sem ver, para que te encontre num berço de sedas a sorrir inconformismos com a mesma insistência de uma criança desorientada.
Secarei as tuas lágrimas.Sempre que te ouvir no meu coração nesse choro lancinante.
Pegarei no copo de whisky, e afogarei as minhas no álcool, enquanto o fumo do cigarro ensaia ondulações mágicas diante os meus olhos e me traz a tua imagem há muito cravada no meu peito,como um vidro lascado.
- Não te posso amar. Não…não quero!
Não te posso amar, entendes?
Não tenho tempo para as intempéries que se abaterão sobre a minha vida, para as fugas para a frente, com recuos consecutivos.
Não me fales em amanhãs,quando o presente é um dia sem cor a sorrir-me,desdentado.
Não me prometas futuro, quando te aferrolho numa prisão para que te possa visitar apenas quando a saudade me torna refém deste quê indecifrável que me inflama o peito e que eu rejeitarei até ter forças para isso…
(VÓNY FERREIRA)
"O Despertar da Mariposa)
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1439 leituras
Add comment
other contents of admin
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Paixão | {Empty title} | 8 | 850 | 11/20/2008 - 17:29 | Português | |
Poesia/Amor | Manto de Luz | 5 | 1.062 | 11/20/2008 - 00:28 | Português | |
Poesia/Meditação | {Empty title} | 8 | 966 | 11/19/2008 - 23:15 | Português | |
Poesia/Erótico | Boca Profana | 6 | 2.193 | 11/18/2008 - 17:28 | Português | |
Poesia/Amor | Hora dos Trevos Mordidos-2 | 6 | 4.166 | 11/17/2008 - 11:52 | Português | |
Poesia/Paixão | {Empty title} | 6 | 1.269 | 11/16/2008 - 23:19 | Português | |
Poesia/Amor | Gosto-te simplesmente porque gosto-te | 5 | 1.328 | 11/15/2008 - 09:32 | Português | |
Poesia/Geral | Através da janela nanquim aguada | 5 | 2.369 | 11/14/2008 - 17:15 | Português | |
Poesia/Dedicado | . | 6 | 1.267 | 11/14/2008 - 15:43 | Português | |
Poesia/Dedicado | Canção de embalar | 4 | 1.270 | 11/13/2008 - 23:19 | Português | |
Poesia/Dedicado | Canção d`amigo | 6 | 3.499 | 11/13/2008 - 17:55 | Português | |
Poesia/Meditação | {Empty title} | 6 | 2.594 | 11/13/2008 - 16:24 | Português | |
Poesia/Paixão | Entre vulvas de mel meu veneno expia-te | 6 | 2.441 | 11/13/2008 - 12:53 | Português | |
Poesia/Dedicado | Canção de beber | 5 | 2.363 | 11/12/2008 - 23:17 | Português | |
Poesia/Dedicado | Hino ao Amor! | 8 | 2.093 | 11/12/2008 - 22:27 | Português | |
Poesia/Alegria | M`Allegro | 1 | 3.237 | 11/10/2008 - 23:51 | Português | |
Poesia/Intervenção | Simplesmente Mulher | 3 | 2.518 | 11/10/2008 - 22:59 | Português | |
Poesia/Amor | Eu, Tu... Nós | 8 | 2.502 | 11/10/2008 - 14:36 | Português | |
Poesia/Desilusão | {Empty title} | 4 | 1.191 | 11/09/2008 - 03:19 | Português | |
Poesia/Amor | {Empty title} | 5 | 3.188 | 11/07/2008 - 19:55 | Português | |
Poesia/Paixão | {Empty title} | 7 | 1.092 | 11/06/2008 - 22:02 | Português | |
Poesia/Amor | Secretamente | 4 | 1.759 | 11/06/2008 - 15:05 | Português | |
Poesia/Fantasia | {Empty title} | 8 | 2.573 | 11/06/2008 - 00:17 | Português | |
Poesia/Erótico | Volúpia | 8 | 616 | 11/05/2008 - 15:56 | Português | |
Poesia/Comédia | Messalina | 4 | 2.050 | 11/05/2008 - 15:41 | Português |
Comentários
Re: Carta nº 9 (Queres minha companhia? Seguro tua mão...)
Muito obrigada Manuela pela apreciação.
Amar alguém e não aceitar esse facto dentro de nós mesmos, pode levar de facto à tal decadência, de quem quer fugir
dos modos menos apropriados a uma realidade.
Beijos. Gosto sempre de ler a sua opinião.
Vóny Ferreira