CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Cego debruçado em via-estreita
Há palavras de vulgar despojo,
Pois porque o normal é dar, logo
Eu me dou, de mim próprio, tal
Como choro ou respiro e me redimo,
Mortal despojo, nome de guerra, nojo,
Guerreiro de latão, charlatão, só de incerteza
Tenho pose chaves e certidão; desejo é
Bom-porto, Porto-bom tem Zenão,
O silêncio é absurdo e o meu espírito
Paira longe ao longo, pois já não é só o pensar
Que me foge, eu que fujo de me pensar
Morto e mudo, cego debruçado em via-estreita,
Consciente da derrota, fama é lama e o facto
De ser dissemelhante a algum outro
Espécime de peixe-monge, faringe desfeita
E traqueia, difíceis de engolir, de pesar,
Há palavras de vulgar despojo, nojo
Porém me dá a fala sem emoção, "fio-prumo",
Por isso choro, quando respiro
De fora para dentro...e me dou,
Cego debruçado em via-estreita e oblonga,
Vivo metaforicamente falando pra fora
E me queixo não por intenção mas por despeito,
Cedo por entre a prega do beiço, essa sim,
Autêntica, sábia, cega e verdadeira.
Jorge Santos 01/2019
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2104 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Venho assolado p'lo vento Sul | 0 | 1.440 | 11/13/2013 - 12:22 | Português | |
Poesia/Geral | Ainda hei-de partir por esse mundo fora montado na alma d'algum estivador | 0 | 865 | 11/13/2013 - 12:21 | Português | |
Poesia/Geral | Pressagio | 0 | 2.262 | 11/12/2013 - 15:27 | Português | |
Poesia/Geral | Dai-me esperança | 0 | 2.331 | 11/12/2013 - 15:26 | Português | |
Poesia/Geral | Quando eu morrer actor | 0 | 1.125 | 11/12/2013 - 15:25 | Português | |
Poesia/Geral | Meca e eu | 0 | 838 | 11/08/2013 - 10:08 | Português | |
Poesia/Geral | Quem | 0 | 1.020 | 11/08/2013 - 10:07 | Português | |
Poesia/Geral | houve tempos | 0 | 722 | 11/08/2013 - 10:05 | Português | |
Prosas/Outros | GR 11 (14 dias) correndo de Irun a Cap de Creus | 0 | 1.435 | 11/07/2013 - 15:37 | Português | |
Prosas/Outros | O regressO | 1 | 2.324 | 11/07/2013 - 15:34 | Português | |
Prosas/Outros | Mad'in China | 0 | 1.602 | 11/07/2013 - 15:31 | Português | |
Poesia/Geral | Tenho escrito demasiado em horas postas | 2 | 1.846 | 11/07/2013 - 11:59 | Português | |
Poesia/Geral | Vivesse eu... | 0 | 1.737 | 11/07/2013 - 11:31 | Português | |
Poesia/Geral | Na cidade fantasma... | 0 | 568 | 11/07/2013 - 11:30 | Português | |
Poesia/Geral | Pudesse eu | 0 | 879 | 11/07/2013 - 11:29 | Português | |
Poesia/Geral | Quando eu morrer actor | 0 | 729 | 02/16/2013 - 22:02 | Português | |
Poesia/Geral | O que é emoção e o que não o é... | 0 | 1.113 | 02/16/2013 - 22:01 | Português | |
Poesia/Geral | Sombras no nevoeiro | 0 | 1.007 | 02/16/2013 - 21:59 | Português | |
Poesia/Geral | o dia em que o eu me largou | 2 | 1.263 | 12/30/2011 - 12:24 | Português | |
Poesia/Geral | ciclo encerrado | 0 | 1.635 | 03/11/2011 - 22:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | gosto | 0 | 1.916 | 03/02/2011 - 15:29 | Português | |
Poesia/Geral | A raiz do nada | 0 | 966 | 02/03/2011 - 20:23 | Português | |
Poesia/Geral | Tão íntimo como beber | 1 | 942 | 02/01/2011 - 22:07 | Português | |
Poesia/Geral | Gosto de coisas, poucas | 0 | 1.432 | 01/28/2011 - 17:02 | Português | |
Poesia/Geral | Luto | 1 | 1.652 | 01/15/2011 - 20:33 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.