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Cegueira

As pegadas deixadas pr’a trás
Eram ainda bem visíveis,
Ficaram marcadas bem fundo na alma,
Cobertas por um pó negro, fedorento…
Bastaria seguir-lhes o rasto…
Como sugeri!
Limpá-las...
Acarinhá-las…
E seguir as novas pegadas de luz,
Que ali mesmo, naquele preciso momento
O futuro generosamente nos ofertava

Mas falar já de nada me valia,
O que dizia se confundia…
Muito menos o que escutava,
Era o que esperava!

As palavras soavam-me ocas,
Forradas de sílabas incertas…
Propagavam-se tais ervas daninhas,
Pavoneando-se…
Julgando-se formosas rainhas

De nada me valiam argumentos racionais,
Nem pedidos de paz…

Quem tanto se proclamava inteligente,
Dava provas inequívocas,
De ser apenas um pobre demente


Fátima Rodrigues


“O olhar mais cego,
É aquele se nega a ver,
E assim deita tudo a perder.
E o ouvido mais surdo,
É o que se nega a escutar,
O que vida lhe quer ensinar”
    

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domingo, janeiro 16, 2011 - 17:35

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Fatima-Rodrigues

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