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Cemitério

Mosaico de cruzes,
grandes, pequenas, mofadas,
dentre odores de putrefação,
sórdida e longa caminhada.

Paz aos que jazem,
versos estampados em lápides,
flores, universo tétrico,
de insuperáveis saudades.

Campas ao céu aberto,
ossos formalmente plantados,
sepulturas destino certo,
macumbas por todos os lados.

Bocas sussurrando rezas,
velas a luz do dia,
túmulos saqueados,
choros em perfeita sintonia.

Cortejos paralelos surgindo,
gritos de histeria nos ares,
o sol do meio dia luzindo,
a fonte de todos os males.

Encontro de entes conhecidos,
covas vazias esperando,
viúvas perdendo os sentidos,
saudações abafadas por prantos.

Clamores a última despedida,
pessoas suportando o sofrimento,
retrospectos da vida corrida,
enxadas mexendo o cimento.

Barulho de alças sustentadas,
abraços a urna funerária,
coveiros embalando a partida,
da alma um tanto solitária.

obra registrada na fundação biblioteca nacional e pertencente ao livro "as borboletas não choram".

Submited by

sábado, novembro 14, 2009 - 17:55

Poesia :

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CleberPaschoal

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Comentários

imagem de MarneDulinski

Re: Cemitério

lindíssimo Poema, meus parabéns, muito bem construido e uma mensagem bem elaborada! Um belo texto!
É o destino de todos humanos mortais, bela descrição de nosso Campo Santo!
Meus parabéns,
Marne

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Cemitério

"Palco humano de um espetáculo que nos envia num determinado momento ao eterno recomeço."

Parabéns pelo lindo poema.

Um abraço,
REF

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