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CHUVA DE GRANIZO
Sou um vulcão
Ardendo em mim
Implodindo,
Em inrupção!
Sou um vulcão
A fundir-me ao sol
Queimo-me em minha própria chama
Ardo-me em minha brasa
Consumo-me em meu fogo.
Ai, vulcão!
Vai buscar quem arda
Com a minha chama!
Vai chamar
Quem derreta
Nas minhas labaredas
E, depois,
Descanse nas minhas sedas...
Aconchegue-se no meu veludo
Cheirando a flor-do-campo...
Vai, vulcão!
Vai aos ventos por aí!
Vai por mim girar o mundo
E trazer aquele bem querer
Profundo
Reservado em algum canto
Para mim, só para mim!
Brilha em meus olhos um encontro,
Mas dói em meu peito o desencontro.
Arde em meu céu a fogueira,
Mas chove granizo, aqui, na lareira,
Chuva que cai e não refresca,
Machuca, fere, abre fresta,
Gelo que corta,
Vida que quer viver,
Mas só se encontra
Morta...
Lila Marques.
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Comentários
Re: CHUVA DE GRANIZO
Intensa erupção da alma!!!
:-)
Re: CHUVA DE GRANIZO
Meu caro Henrique,
Muito intenso mesmo este momento de escrita!
Um grande beijo.
Re: CHUVA DE GRANIZO
Força intensa de vida comparada com o poderoso vulcão.
Maravilha!
Carla
Re: CHUVA DE GRANIZO
É Carla, uma grande força de vida sim!!!
Obrigada por passares por aqui e deixares tuas impressões, ok?
Um beijo grande.
Re: CHUVA DE GRANIZO
Lila,
Uma alma ardente que quer viver...
Muito belo, Gosto muito do que escreves.
Beijo
Nanda
Re: CHUVA DE GRANIZO
Oi, Nanda,
Que prazer receber-te por aqui!
É sim, uma alma ardente querendo viver!!!
Obrigada, Nanda, pelas tuas palavras.
Um beijo para ti.
Re: CHUVA DE GRANIZO
Quanto amor para dar, tanto desejo de mulher, tanta coisa boa! Pode ter certeza que haverá quem realmente mereça receber tanta entrega! Beijos no coração
Re: CHUVA DE GRANIZO
Olá, minha cara amiga Gisa,
Teus olhos são generosos e me vêem cor-de-rosa!
Um grande beijo no coração,
Lila.
Re: CHUVA DE GRANIZO
Mesmo morta a porta está aberta,
mesmo certa
a estrada é torta, não reta
mesmo amorosa
do cúpido,
é venenosa seta
mesmo incerta
a vida é fantástica meta,
mesmo meta
a morte, é parada
certa
portanto,
sem perdermo-nos em pranto
devemos nos despir
deste nefro manto
e não desistir
viver é respirar
e deixar a vida levar
(0s restolhos do mundo
que absorvemos ao respirar.
beijos adorei o poema.
Re: CHUVA DE GRANIZO
Ana, minha amiga,
Teus comentários são poemas lindos! Adoro recebê-los. E gosto do que tens sempre a dizer!
Um grande beijo, querida. :-)