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CINDERELO

CINDERELO

ELE ERA UM ESTUDANTE QUE VINHA PRO ISLA
CHEIO DE ANSIEDADE
ELE DEIXARA NA TERRA UNS BELOS MOMENTOS
E A MOCIDADE.
VINHA PARA O SUPERIOR COM MUITA ESPERANÇA
DE SER INTEGRADO,
JÁ SE SENTIA DOUTOR E NOS PRIMEIROS DIAS
LOGO FOI PRAXADO.

ANDOU DE GATAS PELA RUA  COM A CABEÇA
CHEIA DE FITINHAS,
VERDADE NUA E CRUA QUE ELE AFOGAVA
COM UMAS PINGUINHAS.
ELE COROU UM POUQUINHO POR BEBER DO VINHO
WISKY E CERVEJA,
QUANDO A NOITE CHEGOU ESTAVA BORRACHINHO
QUE FAZIA INVEJA.

ENTÃO BEBE, BEBE RAPAGÃO ! POR GARRAFA OU GARRAFÃO,
A PIELA ASSIM TEM MAIS VALOR.
BEBER, TENS QUE ESTAR SEMPRE A BEBER, DE ESTUDAR NÃO QUERES SABER,
O TINTO É O TEU AMOR !

O CALOIRO DA HISTÓRIA ESTAVA SEM MEMÓRIA
SÓ QUERIA GOZAR!
EM CADA BEBEDEIRA TINHA UMA VITÓRIA
PRO ACOMPANHAR,
NOS LUGARES DA PRAXE  E POR TODO O LADO
EM TUDO ENTROU
ANDAVA TÃO CONTENTE E TÃO EMOCIONADO
QUE ATÉ CHOROU.

ENTÃO BEBE, BEBE BORRACHÃO ! POR GARRAFA OU GARRAFÃO,
A PIELA ASSIM TEM MAIS VALOR.
BEBER, TENS QUE ESTAR SEMPRE A BEBER, DE ESTUDAR NÃO QUERES SABER,
O TINTO É O TEU AMOR !

AGORA SÓ NOS RECREIOS E NALGUNS PASSEIOS
É QUE BEBE UM COPO,
ENTRE UMA AULA E OUTRA HÁ SEMPRE OUTRO MEIO
DE AQUECER O CORPO!
MESMO NESSES BONS MOMENTOS SURGEM SENTIMENTOS
QUE EU JÁ SENTI,
DIGO NESSA ALTURA  ENTÃO –SABES GARRAFÃO
EU GOSTO DE TI !!!

ENTÃO BEBE, BEBE CALOIRÃO ! POR GARRAFA OU GARRAFÃO,
A PIELA ASSIM TEM MAIS VALOR.
BEBER, TENS QUE ESTAR SEMPRE A BEBER, DE ESTUDAR NÃO QUERES SABER,
O TINTO É O TEU AMOR ! ...  CINDERELO /CALOIRÃO
 

(Cantar com a música da canção cinderela de Carlos Paião)

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terça-feira, janeiro 24, 2012 - 23:07

Poesia :

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OrlandoPontes

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Última vez online: há 12 anos 12 semanas
Membro desde: 01/24/2012
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Poesias

Margem

Eu rio
Os rios que corro,
Apertados entre arribas.
Não têm como meta a foz,
Dirigem-se para a aventura,
Calcorreando desfiladeiros
Canhões, cascatas, angras.
São o aqui e agora.
A felicidade não é uma meta
Mas uma vereda transponível

O leito,
O meu leito, cristalino
Apascenta vida sobranceira.
Transborda de borbulhante e dilecta vida.
O ódio está guardado num baú no sótão.
Sou a jactância da vida.
A imagem elitista das arribas
É um handicap.
O bem-estar e segurança parte do leito
Das margens as adulterações.
 

A alma,
A minha translucidez
Fervilha de vida.
O santuário dos peixes é no rio,
O do coração no peito.
A água é a vida,
O meu próximo sonho
O amanhã.
Porquê ter medo dele?
A minha miragem ganho com isso.

O Delta,
Porquê o fim do mundo, ou do rio?
O fim não mora aqui.
A foz é o início, o exórdio
De uma novel vida.
Eu queria ser o melhor Rio,
E sou;
Mas o que ganho com isso,
Se a margem
É a minha miragem.

A Caminho da vida

Nunca persegui a glória
Nem rebusquei na memória,
contida no coração
dos homens, nenhuma oração;
Porque amo o mundo subtil,
não heróico, de façanhas mil,
nem prenhe de pavoneio.
Gosto apenas do meio
onde a certeza me diz
que aqui serei feliz
como bola de sabão
inchada como um balão
que entre a brisa dança,
no sopro de uma criança.
Gosto do sol a pairar
sob um azul a raiar
celeste sempre a crescer
num meigo olhar a tremer,
como se fosse uma dança
no sonho de uma criança.
Gosto da vida sadia,
Gosto da vida vadia.
Gosto da verdade,
e um pouco da vaidade
de viver o dia a dia
com fulgor e alegria.

Simples são os caminhos
que levam para os moinhos
a água que pra lá corre.
Não é no caminho que morre
nem se interrompe a dança,
da vida que leva à esperança
de feliz poder viver
nem deixar de assim ter
a certeza que o caminho
que nos leva ao destino,
de fazê-lo caminhando
mesmo sorrindo ou chorando.
Nem a caminhada perdida
impede chegar à vida.

 

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Há Sempre Estrelas no Céu

Há sempre estrelas no céu
Sentia ao de leve a gelada e suave brisa fazer sons estranhos por entre as frestas das pedras que compunham a quase totalidade das casas, perfiladas na egrégia rua das “casas antigas”. Gostava desse etéreo som, que lhe deliciara a adolescência, chamava-lhe, pelo que tinha de poético e bucólico, àquele som "O Cântico da Noite".
Há quanto tempo ele mora ali? Por certo essa era definitivamente a morada daquele som. Não lembrava ao certo! Talvez uns cinco, dez anos? Provavelmente mais. Pôs as mãos nos parietais, fechou os olhos e concentrado recordou o quanto gostava de subir àquele telhado, bem tarde, alta noite, nos dias em que matutava na vida, tentando vislumbrar por entre a penumbra, criada pela parca luz da rua que se entrelaçava com o crepitante brilho das estrelas, que lá no alto por certo lhe estavam a indicar e orientar o futuro. Ali se empoleirava a observar e a falar para as suas estrelas lá no céu, o silêncio amputado apenas pelos sibilantes sons do vento e sentir o arrepiante mas suave e sereno frio na pele, que fazia duvidar, àquela hora, da estação do ano que nessa altura passava pela sua Terra Natal. Mas sabia que havia sempre estrelas no céu.
Imbuído nestes pensamentos saudosistas, quando deu por si, já estava a subir as escadas de pedra bruta, apenas lavradas rusticamente, provavelmente, pelo cinzel de um seu ancestral antepassado. Finalmente, lá em cima de novo, tanto tempo depois. Mas afinal o que tinha de errado? O que mudara? A sensação era diferente, ele era o mesmo, a rua a mesma, o vento garantidamente era o mesmo, as estrelas essas sim, ele reconhecia-as, eram por certo as mesmas, mas já não era a mesma coisa.
Repentinamente lembrou-se do que sempre pensava quando subia aqueles velhos degraus, que o sentiram crescer a aturaram as suas infantis teimosias e alguns pontapés de raiva, que quando não podia de outra forma, descarregava nos escalões, que agora, pela milhenta vez subia: Tudo, na vida, pode mudar, mas sempre haverá estrelas no céu… Mudanças sim, “o mundo é composto de mudanças”, mas ele nunca imaginou tanta transformação na sua, e na sua perspectiva, ainda curta vida.
O que o faria regressar ali, agora adulto, já não se faz ouvir o melodioso e reconfortante canto da sua querida e omnipresente mãe ecoar pelas paredes agora nuas da velha casa que o viu nascer, dar os primeiros passos e de cuja varanda viu pela primeira vez o impressionante e dantesco mundo lá fora. Até porque havia, lá fora, estrelas no céu.
Uma comovedora e não solitária lágrima escorreu-lhe lentamente pela face, sentiu um nó na garganta e alguma vergonha à mistura pois um homem não chora, mas não teve ânimo nem coragem, de tão pura e sentida a sentiu, para secá-la. Deixou-a involuntariamente correr até a boca, junto ao canto do farto e farfalhudo bigode que desde o fim a sua juventude se vinha robustecendo no seu lábio, acompanhando-o permanentemente, sendo até o seu cartão de visita na sociedade, que não só por si, mas também por si, o respeitava, e sentiu o seu gosto doce e salgado.
Nunca lhe passara pela cabeça a possibilidade de vir a alienar aquela, sua tão querida, casa. Casa outrora tão cheia de vida, de alegria, de carinho, o seu mais reconfortante refúgio, agora tão vazia e com tantas estrelas no céu.
Que saudades da época mágica da infância, mais um nó sentido na garganta. Passou-lhe mais uma vez pela lembrança a sua infância, juventude e adolescência. As brincadeiras feitas com o seu avô a esconder-se no quintal, mesmo sabendo que ele sabia onde estava, ambos, como dois grandes actores que eram, fingiam não saber onde o outro se escondera. As vezes que passava junto da avó e lhe despertava o escuro avental de riscado, tendo sempre a mãe a repreendê-lo para não fazer isso à mãezinha e esta, sempre querida e carinhosa a ralhar com ela dizendo: - deixa o menino que é tão lindo. A paz que sempre sentia ao entrar dentro do umbral da centenária porta. A sua casa na árvore, construída com a ajuda do seu primo, naquelas férias de verão, com a conivência do seu avô, que às escondidas do pai lhes facilitava as ferramentas e em tom de surdina ia sugerindo alterações, a fim de poder ficar “uma casa que se visse”. O pica-pau que vinha beber a água com farelos das galinhas e que teimosamente queria destruir a casa da árvore, com o seu trepidante bico infernalmente barulhento, mesmo sob as muitas estrelas do céu.
Foi a melhor época de sua vida. Claro que a infância é sempre uma fase feliz, pelo menos para os meninos da sua época, que eram sempre queridos e acarinhados por toda a família, no tempo em que as jovens mães de “esperança”, eram tratadas como princesas à espera dos seus rebentos, digo dos seus príncipes que tardavam em nascer, para ser a alegria da casa e principalmente o orgulho dos babados avós. Duvidou que fosse possível, algum dia, ser tão feliz de novo.
Viu uma estrela cadente e recordou, saudoso, os versos que fazia, quando via uma estrela a cair, já adolescente. Os seus poemas falavam sempre do céu. Adorava ficar a olhar para o “astro”, na varanda ou no quintal, sozinho ou acompanhado por um dos avós, que invariavelmente lhe contavam histórias de aventuras em países longínquos, do tempo em que os animais falavam ou de príncipes que viviam felizes para sempre, adorava sentir os ares nocturnos. Muitos versos fez ficcionando o seu futuro amor, mais tarde já com nome no destinatário, para conquistar sua futura esposa. Ela, como a maioria das mulheres, dizem, fazendo-se caras, não ligar muito a poemas, mas todas elas gostam e aproveitam esses poemas para fazer inveja à sua melhor amiga, dizendo terem sido escritos só para elas, naturalmente gostam. Até porque se, mentindo, dizem que não gostam, sempre agradecem com um beijo, que acaba por ser uma grande recompensa, como se de um best-seller se tratasse, um êxito sob as inúmeras estrelas que sempre há no céu.
Um singelo sorriso cortou a melancólica tristeza. Mas esse estado de espírito foi fugaz, quiçá mais rápido que a própria recordação.
Tinha regressado à terra, literalmente, estava ali para, por uma última vez visitar a sua “velha casinha”. Tinha-se mudado para a cidade e nada o ligava àquele lugar a não ser boas recordações, mas sabia também que quanto mais protelasse a venda daquela que o abrigou, mais deteriorada se tornava e mais longe estaria a possibilidade de outro alguém, um estranho, aí poder iniciar uma nova vida, quem sabe tão feliz como tinha sido a sua e assim essa casa, voltaria a sentir no seu ventre uma nova família a crescer e a ser feliz. A casa merecia e, de qualquer maneira, haveria sempre estrelas naquele céu.

Afinal a vida segue, o negócio estava feito, a casa seria entregue aos novos proprietários, no dia seguinte e ele sabia que as suas recordações, a afinidade entre si e a casa pertenceria eternamente aos dois e isso ele não ia vender e além disso, o céu com quem ele falava estava sempre consigo, porque sabia que as suas estrelas estariam sempre no céu.

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Pulcritude

Pulcritude

Não tenho espaço nem tempo p`ra te deter.
Tua infinita beleza é transbordante,
Excedes a luz de um sonho deslumbrante
Em manhã de cintilante amanhecer.

Perfeição completa, vida, sol e ser.
Amor platónico, canto inebriante,
Livre força de coração palpitante,
Inundo-me de ti para te conter.

A tua linfa fresca e cálida contagia,
A existência eterna que prometia
O perene hedonismo ser seu amo.

Dessa ditosa promessa, duvido sim,
Ao fugaz e docemente ver meu fim.
Minha sucinta vida como te amo.
 

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Poesia

O Pensamento

Eram rosas, brancas, rosas e amarelas,
Que no orvalho cintilavam puras,
Discordantes das palavras duras,
Que da vida usava, como belas

Ornatos do espírito eram elas,
Ao abonar à alma frescas canduras,
Para um dilacerado eram curas
Se esse estatuto fosse o delas.

Da gelosia fosca e entreaberta
Raiava sibarita alma de poeta,
Como se o mundo, o momento.

Inebriante fragrância, só um sonho!
Tão ali, perceptível que o proponho,
Como diversão do pensamento.
 

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