CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
CINZAS
Cinzas
As cinzas são sempre cinzentas,
Nascidas fogo de asas amarelentas,
São restos da sua refeição abrasadora,
Que come à sua quente manjedoura,
Só está satisfeito quando tudo come,
Ficando as cinzas do que consome.
As cinzas negras voam com a ventania,
Não escolhendo hora nem noite nem dia,
Espalhando-as por toda a parte,
Demonstrando a sua imensa força e arte,
Ninguém o vê nem o consegue deter,
Espalhando as cinzas que o fogo fez morrer.
O fogo é insaciável tudo consegue engolir,
Devora tudo e depois se põe a rir,
Não tem garganta nem se vê a sua boca,
Quanto mais come mais acha pouca,
A refeição que alguém lhe pôs na mesa,
E ele come sempre tudo à pressa.
Cinzas vivas são sempre recordadas,
E morrem se deixam de ser lembradas,
Cinzas pretas e brancas filhas do fogo,
Sem tempo, nem presente, nem logo,
No chão duro que não conhece ninguém,
Onde ficam as cinzas pretas também.
Tavira, 28 de Maio de 2011-Estêvão
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1770 leituras
Add comment
other contents of José Custódio Estêvão
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Comédia | PESQUEI UMA BOTA | 0 | 995 | 05/28/2012 - 10:53 | Português | |
Poesia/Geral | RELÓGIO DA TORRE | 0 | 195 | 05/28/2012 - 10:49 | Português | |
Poesia/Fantasia | FANTASIA | 0 | 449 | 05/27/2012 - 00:28 | Português | |
Poesia/Meditação | FOGO | 0 | 726 | 05/27/2012 - 00:23 | Português | |
Poesia/Meditação | QUANDO TINHA A TUA IDADE | 0 | 560 | 05/27/2012 - 00:16 | Português | |
Poesia/Meditação | O VELHINHO | 0 | 560 | 05/26/2012 - 11:14 | Português | |
Poesia/Amor | POR AMOR | 0 | 383 | 05/26/2012 - 11:12 | Português | |
Poesia/Meditação | ÁRVORE DE PEDRA | 0 | 423 | 05/26/2012 - 11:10 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A MINHA CAMA | 2 | 595 | 05/25/2012 - 19:45 | Português | |
Poesia/Geral | SONETO À CRISE | 2 | 553 | 05/25/2012 - 19:43 | Português | |
Poesia/Desilusão | GALINHEIRO | 2 | 1.043 | 05/25/2012 - 19:41 | Português | |
Poesia/Geral | UM PEIXE | 2 | 273 | 05/24/2012 - 16:21 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ABUTRES | 2 | 1.073 | 05/24/2012 - 16:17 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ENTRE A VERDADE E A MENTIIRA | 2 | 905 | 05/24/2012 - 16:00 | Português | |
Poesia/Meditação | NAQUELE TEMPO | 2 | 425 | 05/24/2012 - 09:53 | Português | |
Poesia/Amor | ROSAL | 1 | 725 | 05/24/2012 - 03:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | VENTO | 1 | 517 | 05/24/2012 - 03:52 | Português | |
Poesia/Pensamentos | AMBIÇÃO DEMASIADA | 1 | 1.230 | 05/24/2012 - 03:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A FORÇA DA VIDA | 3 | 3.094 | 05/24/2012 - 03:11 | Português | |
Poesia/Amor | PAI E MAE | 1 | 611 | 05/24/2012 - 03:03 | Português | |
Poesia/Pensamentos | NADA É INSIGNIFICANTE | 4 | 1.393 | 05/22/2012 - 09:41 | Português | |
Poesia/Amor | DESCENDÊNCIA | 2 | 339 | 05/22/2012 - 09:36 | Português | |
Poesia/Amor | SEMENTES | 2 | 749 | 05/22/2012 - 09:32 | Português | |
Poesia/Meditação | O TEMPO QUE É TEU | 3 | 1.077 | 05/21/2012 - 09:52 | Português | |
Poesia/Geral | A TERRA QUE EU PISO | 1 | 644 | 05/21/2012 - 04:15 | Português |
Comentários
POEMA
Cinzas são despojos do fogo que ardem na terra ou dentro de nós!