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Confiança (Agostinho Neto)

O oceano separou-se de mim
enquanto me fui esquecendo nos séculos
e eis-me presente/
reunindo em mim o espaço
condensando o tempo.

Na minha hisória
existe o paradoxo do homem disperso

Enquanto o sorriso brilhava
no canto de dor
e as mãos construíam mundos maravilhosos

John foi linchado / o irmão chicoteado nas costas nuas
a mulher amordaçada
e o filho continuou ignorante

E do drama intenso
duma vida imensa e útil
resultou a certeza

As minhas mãos colocaram pedras
nos alicerces do mundo
mereço o meu pedaço de chão.

 

Agostinho Neto, poeta angolano.

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sexta-feira, julho 15, 2011 - 11:17

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AjAraujo

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