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ESPINHOS
Rosas que não são rosas ou rosas que já foram.
Andam de mão e mão e a minha mão não feriram.
Com carinho trato as rosas e de vez em quando me ferem,
Pois parece -me que são rosas para os meus olhos lerem.
Enganei – me, são rosas bravas, que passam por rosas mansas,
Que fizeram nascer em mim, muitas das minhas esperanças.
Depressa se esvaíram as rosas do meu pensamento.
Pensava que me queriam e foram para além do vento.
Esquecer as rosas que pareciam rosas, já não sei se consigo.
Fiquei apenas com algumas, para as mostrar a um amigo,
Que conhecia bem as fingidas rosas e por isso me alertou,
Para não sofrer por elas, são rosas que alguém manchou.
Vingam – se agora as rosas, passando pelo que não são,
Andando de mão em mão, picando qualquer coração.
2006-Estêvão
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