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Conseguimos pão arriscando as nossas vidas

Então não quer que eu fale
Ameaça-me para que me cale
Diante da fome é impossível
Pois pode se ouvir o ronco da barriga
Que há dias não sente o alimento.

Cobram a lenha que deveria acender o fogo
E arrancam das minhas mãos tremulas
O pão que consegui com muito suor
Minha pele gruda nos ossos
E a boca está seca como o deserto.

Conseguimos um pedaço de pão
Quando arriscamos a nossa vida
Por causa do medo constante
Já não sabemos o que é alegria.

Tudo sobe todos os dias
Falam em uma tal inflação
Que não existia
Um leão que ruge sem parar
Ameaçando a nossa liberdade.

Tenho fome, grita a criança,
Enquanto um velho é escorraçado
E os líderes se reúnem às escondidas
Em suntuosos resort
E riem da desgraça alheia
Onde falta a merenda escolar
Quem dera fosse apenas mais um pesadelo
Que seria disperso ao amanhecer.

Até quando clamarei por justiça
E terei meu grito abafado
Pelos políticos dessa nação
Que não cumpre a constituição?

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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sexta-feira, setembro 24, 2021 - 21:00

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