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CONTRASTES

CONTRASTES
Como é doce o silêncio que escorre nas montanhas
Deste planeta azul de sangue nas suas entranhas.
Como é bom acariciar o nosso umbigo
E fechar os ouvidos aos longos gemidos.

É como é cómodo o doce lar
Para quem tem onde a noite passar.
Como é gelado o luar
Para quem tem a noite para passear.

Como é doce um abraço
Quando se chega morta de cansaço.
Como dói a frieza da solidão de aço.

Como é bom não saber o que comer
De tanto ter onde escolher.
Como dói saber que nada há, nem para aquecer.

Adelaide Carmona Neto

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terça-feira, junho 19, 2012 - 11:10

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Adelaide Carmona Neto

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