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Crime e castigo (violência contra a mulher)
Tantos foram os dias
que se passaram sem emoção
que se tornaram sem razão
consumidos com prostitutas e aguardentes.
Tantos foram os dias
que badalaram os sinos da Igreja
que ouviram os apitos da Ferrovia
assustados com as ressacas estivais.
Tantos foram os dias
que se lançaram em cavalgadas
que se transformaram em amazonas
revoltadas com as violências conjugais.
Tantos foram os dias
que clamaram pela Dona Falsa Justiça
que imploraram ao delegado de barba postiça
vingadas só foram então pelas pestes e AIDS...
contraídas pelos tolos mancebos
que desafiaram os segredos
que impuseram os tormentos
e que a morte não perdoa os fracos...
de caráter, que se misturam ao éter
de suas emanações pétreas
ao cairem no leito da morte-mater
só lhes resta o choro das Marias mal amadas,
das crianças sem registro abandonadas,
das justiças masculinas amordaçadas,
das febres terçãs mal curadas,
das sífilis, AIDS e gonorréias.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em fevereiro de 2010.
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Comentários
E viva a Lei Maria da Penha,
E viva a Lei Maria da Penha, esta lei precisa pegar junto aos juízes (alguns ainda a questionam), a sociedade ainda tingida por resquícios tipicamente machistas e junto a família.
Re: Crime e castigo (violência contra a mulher)
LINDO SEU POEMA, GOSTEI DEMAIS!
AMOR, SEXO, TUDO ISSO FAZ PARTE DE NOSSO SER, MAS NÃO PODEMOS NUNCA DEIXAR DE OUVIR A VOZ DA RAZÃO, QUE É UM ANTEPARO, PARA SITUAÇÕES QUE ACABAS DE NARRAR, MEU CARO POETA!
Um abraço, meus parabéns pelo Poema e tema!
Marne