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"DE MEIA"
Todo caipira acorda antes do galo cantar,
espalha a cinza e mexe a lenha do fogão.
A chaleira tá no fogo, já vai o café tomar.
Enxada nas costas e na cintura, o facão.
O calor não atrapalha, já está acostumdo.
espalha a cinza e mexe a lenha do fogão.
A chaleira tá no fogo, já vai o café tomar.
Enxada nas costas e na cintura, o facão.
A água na garrafa, marmita no embornal,
feliz segue a trilha cantando até o roçado.
O sol já tá saindo e
O calor não atrapalha, já está acostumdo.
Ele não possui a terra, também não precisa ter.
Ele e o cumpadre plantam, uma roçinha, de meia*
Depois ficam rindo à toa vendo “as planta” crescer,
e são amigos batutas, nenhum o outro tapeia.
27.06.16
jthamiel
*No dicionário informal do interior é um contrato verbal
ou lavrado feito entre o dono da terra e o
plantador, onde os lucros são divididos pela metade.
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segunda-feira, junho 27, 2016 - 18:30
Poesia :
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