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Dentro da Configuração
Na câmara de mil insectos
espero sentado, amarrado...
Amarrado a grilhões e ao medo
rodeado de insectos
As moscas que me acompanham
As aranhas que me atormentam
Aranhas que tecem teias,
cortinas e armadilhas
em cada canto, em cada sombra
e apanham moscas
que se prendem nos cantos, nas sombras
e sumbem desesperadas,
amarradas a grilhões e ao medo
como eu estou nesta câmara...
Luz trémula, pálida e doentia...
Passo a passo, com pés de lã
Vem ela...vem até mim, cruel assassina
pelos portais de sombra até à luz trémula.
Na câmara de mil horrores
ela tem-me sentado, amarrado...
amarrado a grilhões e ao medo.
Dedos perscrutantes
captura gritos em molduras de pregos
o frio do aço que arrepia
o calor da adrenalina que sobe com o medo.
Sou mosca nesta teia
e ela aranha que atormenta.
Força-me ao rosto a máscara,
a face do desgosto e desespero,
entrelaça-me no seu jogo de venenos
a lâmina gélida num beijo
neste frio...frio nesta câmara.
Tortura...tudo isto e muito mais
Tormento...todos estes e muitos mais
A luz trémula que falha e depois regressa
As sombras que viram costas a tamanho horror
O silêncio dos gritos capturados no aço
Os sons ténues de calor e humidade sanguinea
Tortura...todas estas e muitas mais
Tormento...tudo isto e muito mais
O medo enloquecedor de tudo ainda não feito
Os cantos sombrios que vertem terror
A máscara e seu propósito negro e macabro
As sombras...essas viram costas a tamanho horror
Luz trémula, pálida e doentia...
Passo a passo, pé ante pé, ela recua
Recolhe seus instrumentos e regressa
aos portais de sombra, longe da luz trémula.
-------
The torture chambers - 2005
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