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DESLIZAR VAGO

Isolo-me
nas arestas do vento,
cruzando opções que não existem.

Nas dúvidas de hoje,
o vasto do amanhã foge
numa estranha e misteriosa
sensação de perder e vencer sem lucro.

Resta-me
esperar que a intuição
me convide a continuar e sobrevoar
ao largo de um oceano de almofadas,
reclamando às estrelas o rasto dos deuses.

Exibo
exuberantemente
o meu lado errante
neste transparente concreto do meu sentimento.

No extremo
de uma balança
de peso injusto temo,
perder a criança que em mim reside amargamente.

Incapaz de decidir
invejo o rumo mais certo
e divago por utopias que me fazem deslizar vago
e anestesiado pela realidade em vaidade séria que me toma.

A vitória coroada
de experiência que medalha
a minha existência tão sozinha
entre a multidão anónima que se arrasta
sobre um lençol de urtigas camufladas onde apenas o sol,
me inspira o clarear da esperança perdida na descrença dos dias…

Submited by

quarta-feira, abril 22, 2009 - 00:52

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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Ficou muito bom... Gostei

Ficou muito bom...

Gostei bastante.

Abraço, ...)...(@

:)

imagem de Brunorico

Re: DESLIZAR VAGO

Rapaz, muito boa essa poesia. Muito boa mesmo!
Abraço.

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