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Desordem de Chronos
Tempo primordial, contínuo e final.
A espiral, organiza o caos.
Incorpóreo, bola de cristal,
criativo universo: terra, mar e céu…
aos meus olhos.
Verso reflexo
desatina
sem nexo, perplexo.
Rima assassina
canto e voz na fúria do vento.
A vida que nos aproxima,
morte que nos separa.
Faca. O gume, o frio da foice.
O rio, a barca
e o barqueiro, que não repara
aqui e além margem…
o canto da coruja
no sopro quente da aragem.
Tempo, meu. Tempo, de todos. De ninguém
sem fim, em final
crónico.
O intervalo, liberta o voo da ave.
A desordem, o bater das asas.
Nuno Marques
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Comentários
Belíssimo poema em que as
Belíssimo poema em que as palavras dançam como um vôo aparentemente desordenado,mas no sentido exato do essencial...
Na tua poesia,encontramos sempre a inspiração cristalina e belas construções poéticas.
Beijo
Poema rico cheio de
Poema rico cheio de formas
e cores vistas aos meus olhos ....
Uma bela desordem
que no final me olha
sorri e bati as asas ...
beijos
Susan
Desordem
O tempo em final crónico. A desordem o bater das asas.
E o barqueiro nem repara.
Eu se fosse o barqueiro nao repararia de certeza. Iria ao fundo na plenitude da minha incapcidade e habilidate para a natação.
O mundo em desordem. Vejo-me nele. É nos intervalos que voo, mas é na maior parte do tempo, que me perco.
Mais um grande poema.
Abraço