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Despois que quis Amor que eu só passasse

Despois que quis Amor que eu só passasse
quanto mal já por muitos repartiu,
entregou-me à Fortuna, porque viu
que não tinha mais mal que em mim mostrasse.

Ela, por que do Amor se aventajasse
no tormento que o Céu me permitiu,
o que para ninguém se consentiu,
para mim só mandou que se inventasse.

Eis-me aqui vou, com vário som, gritando
copioso exemplário para a gente
que destes dous tiranos é sujeita,

desvarios em versos concertando.
Triste quem seu descanso tanto estreita
que deste tão pequeno está contente!

Luís Vaz de Camões

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domingo, fevereiro 22, 2009 - 21:39

Poesia :

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LuisVazdeCamoes

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Re: Despois que quis Amor que eu só passasse

Muito bom, gostei de ler! :-)

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