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A dimensão
Espero que o perfume morra
onde as ruas se cruzam
nas avenidas do teu peito
sufocado
no ritmo agreste da cidade.
Poluída a memória,
do escape ruidoso
não resta senão a fuligem das horas
que passam
demasiado devagar.
No túnel as luzes dos automóveis
embatem na elástica esperança
dos meus sonhos
feitos de ilusão maciça.
Ninguém vibra.
Nervosamente desço o passeio
e pouso os pés cansados
no alcatrão gasto
pelos gritos apressados
de quem provavelmente nem sabe
onde se respira
a calma
de uma tempestade.
Observo as mãos feridas,
ásperas.
Vejo nelas o vazio dos abraços
calejados
e os olhos que se escondem
debaixo das tampas de esgoto
enlameados na frieza
de um mundo dividido.
Olho o céu,
cerro os punhos
e recalco ainda mais o grito escuro
que atravessa um sopro
por debaixo da terra.
Continuo a resistir.
Como o mar.
A maresia ainda compreende
a dimensão do meu silêncio.
rainbowsky
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Comentários
Nesta dimensão ao lado, De
Nesta dimensão ao lado,
De tudo o que senti...
Como os abraços vazios...
A memória dura
Onde a esperança perdura...
E o perfume que não sinto o aroma
Que morra,
Mas continuo, como o mar...
Que vai ganhado terra.
Este frio sabe bem.
A quanto se estende meu silêncio.
Acho que a primeira parte define logo a poesia.
Espero que o perfume morra
onde as ruas se cruzam
nas avenidas do teu peito
sufocado
no ritmo agreste da cidade.
....
e estas ultimas estrofes estão muito bonitas,
Continuo a resistir.
Como o mar.
A maresia ainda compreende
a dimensão do meu silêncio.
Gostei do teu poema agreste mas onde ainda há a luz...
Nem que seja pela esperança que não desiste.
Beijo