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Doces águas e claras do Mondego

Doces águas e claras do Mondego,
doce repouso de minha lembrança,
onde a comprida e pérfida esperança
longo tempo após si me trouxe cego:

de vós me aparto; mas porém não nego
que inda a memória longa, que me alcança,
me não deixa de vós fazer mudança;
mas quanto mais me alongo, mais me achego.

Bem pudera Fortuna este instrumento
d'alma levar por terra nova e estranha,
oferecido ao mar remoto e vento;

mas alma, que de cá vos acompanha,
nas asas do ligeiro pensamento,
para vós, águas, voa, e em vós se banha.

Luís Vaz de Camões

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domingo, fevereiro 22, 2009 - 20:42

Poesia :

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LuisVazdeCamoes

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Comentários

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Re: Doces águas e claras do Mondego

Muito bom, gostei de ler! :-)

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